Projeto estimula a curiosidade e a criatividade em ciência e tecnologia desde a Educação Básica

Professora Roseli de Deus Lopes fala sobre o Projeto STEAM e o novo curso voltado a como ter um ambiente na escola que provoque diversas ideias e perspectivas

 10/07/2023 - Publicado há 10 meses
Foto: Divulgação/IF-USP
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Curso on-line e gratuito apresenta o passo a passo para a criação de um espaço STEAM, que tem como objetivo fomentar o conjunto de  conhecimentos entre Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática nas escolas. O curso está disponível na plataforma de Aprendizagem Interativa em Ciências e Engenharia – APICE

O projeto STEAM é uma iniciativa da Fundação Internacional Siemens Stiftung em parceria com o Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico – LSI-TEC e apoio da Escola Politécnica da USP. Além de ser um desdobramento dos esforços da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), também conta com a coordenação científica da professora e coordenadora da FEBRACE, Roseli de Deus Lopes. 

Objetivo

De acordo com a professora, os cursos disponíveis na plataforma APICE têm como objetivo mostrar como funciona o processo de pesquisa dentro da escola, tanto na Educação Básica como no Ensino Fundamental e Médio. Existem mais três cursos além da novidade: o primeiro fala sobre metodologia da pesquisa, o segundo explica como realizar uma feira de ciências na escola e o terceiro trata de métodos estatísticos. 

“Agora a novidade é um curso voltado a como ter um espaço na escola que seja mais convidativo e adequado para estimular a curiosidade e a criatividade das crianças”, comenta Roseli. Ela explica que determinados espaços podem favorecer esse trabalho pedagógico.

Jovens 

Roseli de Deus Lopes. Foto: Wikimedia

A professora ressalta a importância de proporcionar para os jovens um espaço de estímulo à busca por suas paixões, uma vez que se percebe neles o anseio por achar um propósito. Assim, oferecer a liberdade por essa busca desde a Educação Básica em um espaço seguro como a escola é essencial para envolver o maior número de estudantes possível. 

Projeto na prática

Os cursos disponibilizados na plataforma APICE são abertos tanto para professores quanto para estudantes e possuem no máximo 30 horas. Roseli discorre sobre a importância de não apenas realizá-lo em grupos, mas colocar o curso em prática a partir da transformação de ambientes ociosos que possam oferecer uma atividade mais integrada nas áreas de engenharia e matemática, por exemplo. 

“Os materiais ajudam a entender, o que é a cultura maker, a cultura de realizar projetos com intencionalidade na escola”, conta a professora. Além disso, também atenta para a questão da manutenção dos espaços, como o estabelecimento de parcerias. 

Expectativas 

A partir da observação das edições da FEBRACE, a professora ressalta uma maior diversificação nos projetos desenvolvidos. “Porque, quando a gente leva o jovem a pensar em problemas de verdade, a gente está em um país de dimensões continentais, então, em cada lugar e cada território, eles vão identificar coisas que são mais relevantes”, nota Roseli.

Esse ambiente com diversas ideias e perspectivas é o objetivo real do projeto: proporcionar um espaço específico de cada escola e suas necessidades. “O que nos interessa é o que conseguimos provocar lá na ponta, nas escolas desses estudantes com os cursos”, esclarece a professora. Por exemplo, segundo Roseli, o curso já atingiu mais de 200 mil pessoas e, com a introdução de mais um material, esse potencial aumenta ainda mais. 


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