Até 50% das mulheres relatam algum tipo de problema sexual ao longo da vida. Essas dificuldades afetam não só a qualidade de vida, mas também a relação com o parceiro. Não raro, a pessoa sofre de mais de uma disfunção sexual. E os médicos nem sempre conseguem estabelecer claramente as causas das alterações, o que dificulta a busca do tratamento adequado.
O pesquisador Alexandre Faisal comenta uma publicação da Universidade da Califórnia e do Cedars-Sinai Medical Center de Los Angeles, que pode ajudar na busca desses tratamentos. Os pesquisadores realizaram uma metanálise com oito ensaios clínicos para medir o impacto do efeito placebo nas terapias farmacológicas e medicamentosas para mulheres.
Eles observaram que o efeito placebo respondia por mais de 50% do efeito de sete entre oito tipos de terapia. Em alguns casos, o seu efeito chegou a quase 70%.
Para Faisal, o resultado é surpreendente. A literatura na área de saúde sexual feminina dizia que a resposta do efeito placebo não ultrapassaria 40% do quadro de melhora. Os novos dados mostram que esse número pode ter sido subestimado. O colunista diz que o efeito placebo é importante no tratamento de disfunções sexuais femininas e novas terapias devem ser buscadas.