atualizado em 14/04- 11h45
Esta semana, o Jornal da USP no Ar conversou com Pedro Luiz Côrtes, professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, sobre como as partículas de poluição no ar podem facilitar a propagação de vírus.
Côrtes explica que as partículas de poluição, como a fuligem, a qual se origina da queima de combustíveis fósseis, já afeta naturalmente o trato respiratório. “Além disso, por meio de um processo chamado adsorção, outros poluentes se ligam às partículas de fuligem, um vetor para outros materiais, como os vírus, que chegam até nós”, comenta ele.
Mesmo com a redução da emissão de gases poluentes, durante a quarentena, a poluição ainda existe, como em avenidas que concentram carros e, consequentemente, poluentes. A qualidade do ar ainda não é a ideal, aponta o professor.
Ele ainda fala sobre a poluição dentro das residências, como na combustão do gás de cozinha. Em um ambiente confinado, é ainda mais fácil para o vírus chegar às pessoas. O professor finaliza dizendo que, mesmo nesta época do ano, em que esfria, “é importante manter os ambientes domésticos sempre ventilados para a troca de ar”.
Ouça no player acima a íntegra do programa.