Sabe aquela dor de cotovelo que incomoda, machuca, e a gente custa a admitir que está sentindo. Calma! Não me refiro à inveja e sim à dor física mesmo. Conhecida como “cotovelo de tenista”, a epicondilite lateral, apesar de ser frequente em atletas, é muito mais comum do que se imagina e atinge também pessoas que praticam esforços repetitivos.
Fernanda Rodrigues Lima, médica do esporte e reumatologista, coordenadora do Ambulatório de Medicina de Esporte da Disciplina de Reumatologia do Hospital das Clínicas da USP, explica que basicamente a doença é a inflamação dos músculos do antebraço e dos tendões dos punhos e músculos ao redor da articulação do cotovelo. As causas variam, vão desde a muscular até a neurológica.
Perda de função
Além do tênis, outros esportes, como badminton, squash, judô, jiu-jitsu, remo e até musculação podem afetar a estrutura do cotovelo. Os sintomas são fáceis de perceber, porque a pessoa, além de sentir dor, perde a função, o que torna difícil segurar uma jarra ou girar a maçaneta da porta.
A causa principal da dor no cotovelo é a sobrecarga repetitiva dos músculos e não afeta apenas o atleta, mas também pessoas que exercem trabalhos domésticos, digitadores, carpinteiros, operários da construção civil, de linhas de montagem, entre outros. Se não tratada, ela pode complicar muito o dia a dia de quem a tem, justamente por ser considerada uma doença ocupacional.
O cotovelo é uma região que também pode ser atingido por outras doenças, por isso é importante procurar um especialista para identificar o sintoma exato e para saber qual o melhor tratamento. A epicondilite lateral é uma doença que atinge pessoas adultas, na fase produtiva, e menos comum em crianças. No Brasil, a dor no cotovelo atinge mais de 150 mil casos por ano. Por isso, a prevenção é fundamental para evitar os movimentos inadequados.
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