O sucesso ou o insucesso envolvendo o futebol feminino no Brasil passa por questões públicas e até mesmo históricas, se pensarmos que a modalidade ficou proibida em terras brasileiras entre os anos de 1941 e 1983. No entanto, devido a regras que visam a impulsionar o futebol feminino e seguindo tendências mundiais, a Conmebol vem tentando mudar essa configuração, ao aplicar regras mais incisivas que buscam avançar no desenvolvimento e fortalecimento de clubes femininos.
Para Giovana Capucim e Silva, historiadora e membro do Núcleo Interdisciplinar de Apoio à Pesquisa sobre Futebol e Modalidades Lúdicas (Ludens) da Universidade de São Paulo, a dificuldade já aparece quando mulheres tentam acessar a modalidade, já que há dez, 20 anos, meninas que se interessavam pelo esporte deviam treinar em escolinhas junto aos meninos.
Essa perspectiva está mudando aos poucos e, recentemente, através de regras criadas pela Fifa, Conmebol e CBF, há um projeto de se ter, em escolinhas de futebol, grupos de treino focados apenas no futebol feminino. Para Giovana, o problema pode ser encontrado exatamente quando a conexão da escolinha com o time profissional é necessária.
“Não é algo que acontece exclusivamente no Brasil. O futebol mundial vem mudando e o Brasil precisa se enquadrar nessa mudança. Podemos perceber essa necessidade, se considerarmos que não temos resultados positivos semelhantes aos obtidos pela seleção brasileira feminina entre 2000 e 2008”, comenta a historiadora. Segundo Giovana, isso acontece porque países que não costumavam ter destaque tiveram grande crescimento, enquanto no Brasil tudo permaneceu como era antes.
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