No futebol, várias tecnologias já foram usadas para facilitar o trabalho dos árbitros em determinar impedimentos ou irregularidades nas jogadas, inclusive o árbitro assistente de vídeo conhecido como VAR, sigla do inglês Video Assistant Referee. Mas, agora, cogita-se fazer atualização para o VAR automático como novidade para a Copa do Mundo de 2022, no Qatar, assunto desta edição da coluna Ciência e Esporte.
Informa o professor Paulo Roberto Santiago que o VAR utilizado hoje leva de 1 minuto a 1 minuto e meio para determinar a validade de um lance, após análise manual dos movimentos dos jogadores na jogada. Segundo o professor, é um tempo de interrupção longo, além de deixar dúvidas em algumas ocasiões.
A substituição pela versão automática do VAR resolveria a questão, diz Santiago. O uso de ciências aplicadas nos esportes é ótimo, continua o professor, adiantando que existem diversas tecnologias de análise de movimento no futebol, mas muitas ainda não apresentam resultado satisfatório; caso da “bola com chip embutido e câmeras em gols”, que já foram deixadas de lado.
Mas tecnologia para tornar um VAR automático já existe, segundo Santiago, mas não estão prontas para o futebol. O professor dá o exemplo dos veículos inteligentes, capazes de frear ou desviar de obstáculos para evitar acidentes. Para ser realidade no futebol, basta a vontade da FIFA (Federação Internacional de Futebol) em investir na adaptação para o VAR automático, afirma. Segundo Santiago, a ciência tem um papel fundamental nos esportes, principalmente no futebol. No entanto, os resultados só serão vistos se houver um grande investimento por parte da FIFA.
Para quem gosta do tema, a coluna Ciência e Esporte está aberta a sugestões de temas para as próximas edições, que podem ser feitas pelo e-mail ou através de comentários no canal da coluna no youtube. A única restrição é que sejam relacionadas à ciência e ao esporte.
Ciência e Esporte
A coluna Ciência e Esporte, com o professor Paulo Santiago, vai ao ar quinzenalmente sexta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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