Simpósio comemora 50 anos da Edusp valorizando o livro universitário

A abertura do Simpósio internacional Livros e Universidades ocorreu nesta segunda-feira, 5 de novembro, no auditório da Biblioteca Mindlin, na Cidade Universitária, em São Paulo. O evento, que se estende até a próxima quinta-feira, faz parte das comemorações dos 50 anos da Editora da Universidade de São Paulo (Edusp).

 07/11/2012 - Publicado há 11 anos
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O Simpósio está sendo promovido no Auditório da Biblioteca Mindlin

A abertura do Simpósio internacional “Livros e Universidades” ocorreu nesta segunda-feira, 5 de novembro, no auditório da Biblioteca Mindlin, na Cidade Universitária, em São Paulo.  O evento, que se estende até a próxima quinta-feira, faz parte das comemorações dos 50 anos da Editora da Universidade de São Paulo (Edusp). A programação completa pode ser vista no site do encontro, que reúne especialistas brasileiros e de diversos outros países.

Participaram da cerimônia de inauguração o vice-reitor da Universidade, Hélio Nogueira da Cruz, a pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária, Maria Arminda do Nascimento Arrruda, os diretores da Edusp e da Biblioteca Mindlin, respectivamente, Plinio Martins Filho e Pedro Puntoni, além da curadora do Simpósio, Marisa Midori Deaecto.

Em sua apresentação, Marisa Midori lembrou que o Simpósio Internacional Livros e Universidades teve sua estrutura determinada por três eixos temáticos, a saber: dos formadores, dos editores e educadores. Ela defendeu enfaticamente a importância das casas publicadoras vinculadas às universidades, em todo o país, destacando que essas editoras sustentam representatividade de uma tradição longeva, em todo o mundo.

“No que toca a produção universitária, as estatísticas ainda dizem pouco, do muito que elas representam”, afirma a curadora, autora, também, da obra premiada O Império dos Livros. “Situá-las no pequeno universo dos livros técnicos e científicos corresponde a apenas uma fração de uma importante produção. Dizer que elas se enquadram entre as pequenas e médias editoras brasileiras é ignorar sua força e seu alcance”.

A segunda intervenção na cerimônia de abertura do Simpósio foi de Pedro Puntoni, diretor da Biblioteca Mindlin, que recuperou informações atinentes à criação e ao foco da entidade que dirige. “A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin foi criada, em dezembro de 2004, para abrigar a Brasiliana construída por décadas pelo bibliófilo José Mindlin e sua esposa Guita”, diz Puntoni.

A preciosa coleção foi doada à Universidade de São Paulo sob a condição de que a USP construísse um novo edifício, moderno e tecnologicamente adequado, capaz de receber e preservar este conjunto raro de livros, mas também capaz de garantir o usufruto e a ampliação da coleção.

Sem livros não há felicidade

À frente da Edusp há mais de uma década, Plinio Martins Filho disse que o projeto de editoras universitárias se encaminha no ritmo das mudanças da ciência e da tecnologia e das transformações nas artes e nas humanidades

À frente da Edusp há mais de uma década e a ela vinculada há 22 anos, Plinio Martins Filho, além de homenagear diversos funcionários da Editora, disse que desde seu surgimento o projeto de editoras universitárias se encaminha no ritmo das mudanças da ciência e da tecnologia e das transformações nas artes e nas humanidades. “O livro é a principal finalidade das editoras universitárias, mas não será jamais a única. Associada à Escola de Comunicação e a grupos de pesquisa, uma editora universitária, além de livros, deve produzir conceitos”, define Martins.

Em seguida, a pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda, não poupou elogios à Edusp, comparando-a, com graça, “a uma senhora de 50 anos que honra esta Universidade”. Para Maria Arminda, nenhuma grande universidade pode prescindir de uma grande editora. “Esse é um momento importante também porque é o momento que simboliza o que poderá ser a Biblioteca Brasiliana, ou seja, um centro de estudos sobre livros, sobre a cultura, e de difusão da cultura”, considera.

A pró-reitora ressaltou que ninguém pode ser feliz sem livros, pensamento que atribuiu ao bibliófilo José Mindlin, junto a quem partilhou presença no Conselho da Edusp. “Ele dizia que não conseguiria viver num mundo sem livros. Quando vinha para este evento, lembrei-me muito dessa frase”, afirma.

Concluindo as apresentações na abertura do Simpósio Internacional Livros e Universidades, o vice-reitor Hélio Nogueira da Cruz mencionou sua especial fascinação pelos livros e, dirigindo-se ao editor Plinio Martins, disse que os 50 anos da Editora da Universidade de São Paulo não representam, de fato, um tempo muito longo. Para ele, o tempo das universidades é outro e destacou uma observação do reitor da USP. “O professor Grandino tem dito que as universidades, em geral, colocam em suas datas de nascimento o momento de criação de sua unidade mais antiga, aqui, no caso, seria a Faculdade de Direito, fundada em 1827”, diz Cruz.

(Jorge Vasconcellos, especial para a Sala de Imprensa / Fotos: Ernani Coimbra)


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