Instituto de Medicina Tropical auxilia Adolfo Lutz no diagnóstico do coronavírus

Parceria colabora para estudos sequenciais do vírus covid-19 e desenvolvimento de testes para diagnóstico

 19/02/2020 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 20/03/2020 às 11:21

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A epidemia do coronavírus, recentemente nomeado de covid-19, tem colocado todo o planeta em estado de alerta. Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical da USP, explica a complexidade da doença e como o IMT tem colaborado com o Instituto Adolfo Lutz nas pesquisas, nos diagnósticos e  no combate ao vírus, que pode ter característica assintomática e alta capacidade de disseminação.

Segundo o governo chinês, já são 2 mil mortes por coronavírus e 74 mil contaminados. O vírus já se proliferou em 30 países, inclusive com mortes confirmadas na França, Japão e Filipinas. No Brasil, há agora cinco casos suspeitos. O Laboratório Estratégico e do Centro de Virologia, com auxílio do Instituto Adolfo Lutz e o IMT ,divulgou os primeiros 24 exames de suspeitos de contaminação no País, no entanto, todos deram resultado negativo.

Foto: Wikimedia Commons

Conforme Ester Sabino, a dificuldade de diagnóstico quando se descobre um novo agente, como a covid-19, é a falta de testes e de conhecimento. Portanto, faz-se preciso desenvolver os reagentes a partir de estudos sequenciais do vírus, como o IMT e o Instituto Adolfo Lutz têm feito, rapidamente, para possibilitar a realização e efetivação dos diagnósticos. “A função da Universidade, principalmente nesses momentos de emergência, quando os reagentes estão sendo definidos, é ajudar a colocar o teste em produção”, afirma.

Ester Sabino comenta sobre os resultados positivos alcançados no tratamento da doença: “Eu fiquei muito feliz de saber que a China acredita ter uma droga à qual, aparentemente, os pacientes estão respondendo bem, o que tem impacto na evolução da doença”, diz Ester. A pesquisadora complementa: “Isso é extremamente importante e é interessante como a ciência pode ligeiramente responder a uma epidemia e ter o medicamento muito mais rápido do que em qualquer outra epidemia anterior”.

Ouça a entrevista na íntegra no player acima.


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