Campanha “Ler para Libertar” quer mandar livros para presídios em Angola

Projeto de educação em prisões lança financiamento coletivo para enviar os livros por navio; cerca de 40 mil presos receberão também treinamento

 07/10/2020 - Publicado há 4 anos
Foto: Arquivo Roberto da Silva – FE/USP

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A campanha Ler para Libertar, ação que integra o projeto de educação em prisões com participação da USP, reuniu doações de 10 mil livros para serem enviados e distribuídos entre 40 prisões em Angola, na costa ocidental da África. Para atravessar o Atlântico, um financiamento coletivo pretende arrecadar R$ 21 mil, que servirão para transportar as três toneladas de livros por navio até o porto de Luanda, capital angolana.

O projeto político-pedagógico de educação em prisões, da qual a campanha faz parte, é apoiado pela Pró-Reitoria de Graduação, Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, Faculdade de Educação (FE) e Escola de Aplicação, todas da USP. Obras didáticas, paradidáticas, técnicas, científicas e de literatura estão entre os títulos reunidos, visando a incentivar a leitura e os estudos entre os detentos.

No Brasil, as ações de educação nas prisões figuram como meios de diminuição de pena dos presos condenados pela Justiça, além de combater a ociosidade nas prisões, diminuir custos para o Estado e a sociedade e aumentar as chances de reintegração social de homens e mulheres, que um dia vão retornar para o convívio social. A possibilidade de leitura também é vista como um alento para os presos neste momento de isolamento social, em que as visitas e a comunicação estão restritas.

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Treinamento em educação

O trabalho de educação em prisões em Angola vem sendo desenvolvido pelo professor Roberto da Silva, da FE, um dos coordenadores da campanha. Na Penitenciária de Cancanda, no extremo leste de Angola, Silva e seu grupo de pesquisa treinaram presos para administrar bibliotecas, organizar salas de leituras e conduzir práticas de alfabetização de outros presos, beneficiando diretamente 500 homens e 10 mulheres presas. 

A campanha Ler para Libertar está ativa no site de financiamento coletivo Benfeitoria, e conta com diferentes tipos de recompensas para os doadores – desde cartão de agradecimento até uma chancela de “empresa amiga da USP”.

Saiba mais em: https://benfeitoria.com/lerparalibertar?ref=benfeitoria-pesquisa-projetos 


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