Pesquisadores do Instituto de Astronomia, Geociências e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP conseguiram observar, em alta resolução, a estrutura resultante de uma explosão do tipo nova. O equipamento utilizado para a observação foi o Alma, o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array, localizado nos Andes chilenos.
Explosões de nova são iniciadas em um sistema de duas estrelas com o acúmulo de uma camada fina de hidrogênio na superfície de uma estrela compacta (anã branca), capturado da estrela companheira. Os processos liberam uma imensa quantidade de energia, expulsando gases da superfície da anã branca e produzindo uma explosão de luz extremamente brilhante – o fenômeno é a terceira explosão mais energética que ocorre no Universo.
As explosões do tipo nova não destroem as estrelas que as originam, como ocorre no caso das supernovas, mas pouco se conhecia sobre a estrutura do envoltório que é formado no evento. As informações obtidas na observação trarão avanços neste conhecimento.
Segundo o professor Marcos Diaz, essa foi a primeira vez que o Alma foi utilizado para esse tipo de projeto, que agora provavelmente será mais bem investigado pela comunidade internacional. Os resultados foram descritos em um artigo publicado na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (MNRAS) e auxiliarão no estudo de explosões estelares, da evolução de estrelas binárias e da formação e disseminação de elementos químicos.
Entenda melhor no vídeo acima.
Mais informações: e-mail marcos.diaz@iag.usp.br, com Marcos Diaz