Pesquisadores brasileiros, holandeses e britânicos revelaram ter descoberto a radiogaláxia mais distante da Terra, a 12,4 bilhões de anos-luz daqui. Os dados detectados são de uma época bem antiga, no inicio do Universo, quando ele era bem menor que agora – lembrando que todas as evidências nos mostram que o Universo está em expansão.
De acordo com o astrofísico do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, todas as galáxias começam a se formar pequenas, e vão colidindo entre si – assim vão crescendo até atingir as massas e dimensões atuais. A radiação detectada das galáxias antigas se deve ao buraco negro supermassivo de alta rotação que há no centro dela. É este objeto que emite quantidades imensas de radiação nas ondas de rádio do espectro eletromagnético, o que ainda não é bem explicado pelos astrônomos, considerando que, pelo que se acredita, buracos negros supermassivos não teriam se formado tão cedo no Universo.
O estudo foi publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society no último mês de agosto.
Ouça mais detalhes na coluna Entender Estrelas, clicando no player acima.