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O professor Glauco Arbix acompanha nos Estados Unidos uma reunião da qual participa o presidente Joe Biden e cujo tema é o ChatGPT. A preocupação é com o potencial e, ao mesmo tempo, os riscos oferecidos por “essa nova onda de inteligência artificial que está sacudindo o mundo da pesquisa, o mundo dos especialistas, o mundo da inteligência artificial, a chamada inteligência artificial, que está gerando textos que se parecem com textos humanos, responde perguntas, fala sobre muitos assuntos com muita propriedade, ao mesmo tempo em que, de vez em quando, alucina, inventa instituições, coisas, fatos, eventos, mas abre possibilidades enormes ao lado de riscos que a gente sempre tem que estar atento”. O presidente Biden discute o aspecto econômico de todo esse processo, uma vez que existe a possibilidade da consolidação de um monopólio ou de um oligopólio capaz de manipular essas tecnologias.

O professor Arbix lembra serem altos os custos que envolvem o ChatGPT ou linguagens semelhantes. “São os chamados grandes e modelos de linguagem. Isso é para pouca gente, esse tipo de atividade é para poucos países, para poucas empresas e para poucas universidades.” De resto, é muito grande o fosso existente entre a China, os Estados Unidos, países que estão na vanguarda da inteligência artificial, e o resto no mundo. “O desequilíbrio e essas desigualdades aumentam o tempo todo, basicamente em função dessas novas tecnologias. É um ponto para a gente ficar muito ligado, tem implicações muito fortes para as empresas, para o mundo dos negócios, para a academia, para as atividades de pesquisa, para o sistema educacional como um todo e, ao mesmo tempo, para o desenvolvimento dos nossos países. Nós não precisamos de tecnologias que reproduzam o aumento das desigualdades já existentes, pelo contrário, precisamos de tecnologias que nos ajudem a diminuir as desigualdades.”

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