Poluentes ambientais aumentam o risco de AVC hemorrágico

Cientistas relacionam níveis elevados de carbono negro e poeira atmosférica com ocorrência de AVC hemorrágico, principalmente em diabéticos

 24/05/2022 - Publicado há 2 anos

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Parece desnecessário afirmar que a poluição ambiental faz mal à saúde. Mas, como a humanidade insiste em desperdícios com danos ao meio ambiente, cientistas rastreiam os efeitos dos poluentes atmosféricos na saúde das populações. Nesta coluna Minuto do Cérebro, o professor Octávio Pontes Neto traz resultados de um estudo, apresentado no último Congresso Europeu de Acidente Vascular Cerebral, em que os cientistas conseguiram associar a presença do carbono negro com o aumento de doenças cardiovasculares e Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico.

Segundo o professor Pontes Neto, essa relação da poluição ambiental com o aumento do risco e ocorrência de doenças no cérebro e no sistema cardiovascular não é nova. Mas a poeira e o carbono negro (forma impura produzida na combustão incompleta de combustíveis fósseis) “têm sido associados a maior risco cardiovascular e até ocorrência de câncer de pulmão”.

No estudo, os cientistas estudaram esses efeitos ao longo do tempo na população tailandesa e encontraram “associação forte com níveis elevados da presença de carbono negro e de poeira atmosférica na ocorrência de AVC hemorrágico”, conta Pontes Neto. Os resultados mostram ainda, segundo o professor, que esses efeitos são maiores em diabéticos, “sugerindo que esses poluentes parecem aumentar os processos inflamatórios sistêmicos que já acontecem em pessoas diabéticas”, avalia. 


O minuto do Cérebro
A coluna O minuto do Cérebro, com o professor Octávio Pontes Neto, vai ao ar quinzenalmente,  terça-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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