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A saúde urbana é um dos principais temas que dizem respeito à gestão municipal. No entanto, os planos de governo dos candidatos à Prefeitura de São Paulo, segundo Paulo Saldiva, são sintéticos e não possuem propostas consistentes que toquem no tema.

“[Nos planos] se fala muito de aspectos específicos, como a criação de hospitais e outros equipamentos de saúde, que são necessários. Mas não existe um delineamento sobre como faremos para tornar a cidade mais funcional do ponto de vista de mobilidade ou de como iremos recompor a drenagem urbana e evitar as enchentes que transmitem doenças de veiculação hídricas”, aponta o especialista.

Outra importante questão negligenciada pelos planos é a manutenção e o aprimoramento da qualidade ambiental da região periurbana. Uma zona que, de acordo com o professor, “é explorada de forma inescrupulosa” e necessita de atenção quanto aos serviços de saúde urbana, para que a fisiologia da cidade, como um todo, ocorra de forma harmoniosa e saudável.

Apesar da análise pessimista, Saldiva ainda torce para que o tema “apareça” nos discursos dos candidatos, caso contrário, “mais uma vez, iremos votar no escuro”. O professor completa: “São Paulo tem jeito de melhorar, mas, enquanto isso não ocorrer, pagaremos todos nós um imposto trágico sob a forma de adoecimentos”.

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