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Renato Janine, nesta edição de sua coluna, comenta dados relativos a um levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios, os quais mostram que em 116 deles existe um único candidato a prefeito nas próximas eleições. Ele se diz não impressionado com isso, mas sim com o fato de que não se pode julgar o sistema democrático vigente no País “em que tudo é construído para produzir um tipo de conflito” como o único existente no mundo. “Porém, nada impediria que uma cidade fizesse escolhas e acabasse chegando a um só nome”, como acontece em alguns lugares do mundo, em contextos específicos, o que, para o colunista, pode ser até mais interessante, porque aí se tem a definição de programas, “não seria só fulano contra beltrano, como infelizmente ocorre aqui, não seria a baixaria que são nossos debates políticos, absolutamente lastimáveis, nos quais o que se vai fazer mal se tem tempo de dizer, mal se quer dizer. Então, não é a única forma possível de democracia essa em que se têm dois ou mais candidatos”.

Isto posto, deve-se observar que, em 2016, houve candidatos únicos em 97 municípios, número que passou para 116 de lá para cá. Janine analisa esse pequeno aumento atribuindo-o a uma possível ausência de concorrentes, “mas acho que temos de deixar claro que nós não temos o único modelo de democracia que existe no mundo, há outros modelos”.