Fãs de rock toleram menos as mudanças de sonoridade de seus ídolos

Apesar de identificação de bandas e artistas com grupos de fãs, músicos buscam na carreira solo a liberdade de expressão

 10/11/2019 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 12/11/2019 as 12:01
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Nesta edição do programa História do Rock, o professor Mario De Vivo dá continuidade ao tema do programa da semana passada, as tribos do rock. De Vivo lembra que o fenômeno do tribalismo é apenas mais uma das facetas do comportamento humano padrão, a busca por interação, “que nos faz automaticamente congregar em grupos caracterizados por um conjunto particular de valores”. 

Uma das características mais importantes do comportamento tribal no rock “é a ligação entre uma banda ou um artista e seus fãs”. Músicas, fotos, vídeos, shows e entrevistas estão por toda parte, cada vez mais acessíveis. “Fãs possuem uma relação muito íntima com seus ídolos, chamando-os até mesmo de amigos. Enquanto que os artistas enxergam no seu público um coletivo de onde se extrai adoração, afeto e dinheiro.”

Nesse cenário, os responsáveis por fazer o primeiro contato com o mundo e despertar o sentimento tribal, são as bandas. “No início de suas carreiras elas têm uma proposta de sonoridade, que se tiverem a ideia ‘comprada”, eles vão querer manter.”

Para o professor De Vivo “os fãs do rock toleram menos que seus artistas preferidos experimentem novas sonoridades”. E ele cita artistas que desenvolveram carreiras solo fora de suas bandas, para que pudessem atender às necessidades por mais liberdade e expressão musical. “Um dos casos mais famosos, sem dúvida, foram as carreiras solo dos membros da banda The Beatles.”

“John Lennon e Paul McCartney eram os mais produtivos musicalmente, sendo que a maior parte das composições da banda partiam deles, enquanto que Ringo Starr e George Harrison contribuíam menos.” De Vivo ainda faz uma análise sobre as produções de cada um, enquanto a banda estava junta e após a separação, em 1970.

Ouça no link acima a íntegra do programa História do Rock.


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