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A professora Marisa Midori está entusiasmada com a novidade, que, na verdade, já havia antecipado em sua coluna anterior: “Saiu! E está quentinho, pronto para ser lançado na próxima segunda-feira, dia 18, na Livraria Alexandre Barbosa, no Espaço Brasiliana-USP, a partir das 17 h. Eu me refiro à obra monumental de Yann Sordet, História do Livro e da Edição, publicado pela Ateliê Editorial e Edições Sesc. Yann Sordet, como já anunciei aqui na nossa coluna há duas semanas, participará de uma jornada sobre história do livro, da edição e das bibliotecas no IEA (Instituto de Estudos Avançados) da USP, dia 19 de setembro, terça-feira. O evento é aberto e gratuito. Entrem no site do IEA e se inscrevam!”.

Marisa Midori explica em quais aspectos o livro se diferencia de outras obras sobre a história do livro. “Em primeiro lugar, desde a publicação de O Aparecimento do Livro, pela Edusp, não surgiu outro mais completo e mais original. E estamos falando da tradução e reedição de uma edição de 1958! História do Livro e da Edição, de Yann Sordet, é resultado de leituras, pesquisas e da vivência desse bibliotecário, que hoje dirige duas prestigiosas bibliotecas, a do Institut de France e a Mazarine, em Paris, em meio aos livros. No que toca às leituras de Yann Sordet sobre a temática, fica patente que ele tem pleno domínio da bibliografia especializada europeia e americana. Arrisca-se, com êxito, em incursões sobre o livro oriental e hispano-americano, embora sua abordagem seja fortemente europeia e, notadamente, francesa.”

“No que toca às pesquisas, ele mesmo é autor de uma bibliografia vasta, centrada sobretudo na produção, difusão e recepção de livros no antigo regime, embora já tenha navegado por questões relativas à história da catalogação de livros e da bibliofilia. Ou seja, a obra em questão é igualmente fruto de suas pesquisas. Há muita leitura bibliográfica no livro, mas há pesquisa original. A questão da vivência com os livros faz da escrita de Sordet e dos temas que ele privilegia, nestas mais de 700 páginas, o ponto alto da obra. A escrita é precisa, o conhecimento em filigrana – com o perdão do trocadilho – de aspectos relacionados à materialidade do livro e sua capacidade de sair do particular para o geral e do geral para o particular, sem cair em banalidades, constitui um dos atributos mais valiosos que se pode esperar de uma obra de síntese como esta. História do Livro e da Edição é pura lição de método, combinada a uma narrativa muito sedutora.”                                                                                                                                                                            

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