Bienal: “mise-en-scène”, jogo de cena, teatro?

Arquiteturas internas, cenografias, expografias e museografias

 03/10/2023 - Publicado há 7 meses     Atualizado: 04/10/2023 as 7:42
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Qual é o papel de uma arquitetura interna em um pavilhão expositivo como o que abriga a Bienal de São Paulo no Parque Ibirapuera? O pavilhão modernista Ciccillo Matarazzo, que abriga a Bienal de São Paulo, com 30 mil metros quadrados de espaço, permite incursões audaciosas, que acabam provocando nossas experiências nesse espaço e trazendo questões interessantes, uma vez que questionam certos conceitos, como a ideia de um mise-en-scène, de um jogo de cena, de uma cenografia, o que certamente nos remete ao universo não só das artes visuais como das artes cênicas. A Bienal, assim, pode ser vista como um palco? Ou devemos nos utilizar de conceitos mais específicos do universo das exposições, como a expografia e a museografia?

Como entender a arquitetura interna que encontramos nessa atual Bienal de São Paulo?  Historicamente, a proposta da 16ª Bienal, com a curadoria de Walter Zanini, transformou completamente o espaço expográfico do pavilhão da Bienal, que antes era constituído prioritariamente por salas ou setores organizados por nação. A curadoria de Zanini ensejou assim um outro arranjo, um outro modo de composição de espaço, permitindo, entre outros, a criação de percursos, bem como de narrativas, rompendo e afetando definitivamente a ordem geopolítica das Bienais anteriores.

A Bienal, em particular, com propostas cenográficas/expográficas como a atual, proposta pelos curadores e o Escritório Vão de Arquitetura, incita o público a atuar, a performar, o que gera happenings, acontecimentos e performances.


Na Cultura, o Centro está em Toda Parte
A coluna Na Cultura o Centro está em Toda Parte, com o professor Martin Grossmann, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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