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Na coluna Bibliomania desta semana, a professora Marisa Midori fala sobre o livro Grafias do Cotidiano, Escrita e Sociedade na História (séculos XVI a XX), de Castillo Gómez, publicado pela Editora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, em parceria com a Editora da Universidade Federal Fluminense. “É um autor espanhol e professor da prestigiosa Universidade de Alcalá de Henares, e que há muitos anos mantém um diálogo intenso e profícuo com pesquisadores brasileiros”, informa a professora.

Segundo Marisa, esse livro é diferente de outros títulos publicados pelo autor, tanto pelo arco temporal que ele abarca, quanto pelas múltiplas geografias e escritas sobre as quais o autor se debruça. A professora ainda destaca o primeiro capítulo, em que são abordadas questões metodológicas sobre a história da escrita. “Capítulo essencial, eu diria, justamente porque se trata de um aspecto ainda pouco explorado em nosso país, do ponto de vista da história social e das práticas culturais, não exatamente da pedagogia.”

“De fato, alguns registros poderão ser legados a um passado ignoto e é possível que eles se tornem cada vez mais raros. Mas não acredito que a escrita, qualquer que seja o seu suporte, a sua função, ou a sua forma de expressão, desapareça”, diz Marisa, e cita uma frase do autor: “Paredes sem palavras, povo calado”.

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