Nesta semana, o Ambiente é o Meio recebe Vinicius Santos Andrade, especialista em Ciências da Computação, doutor pela USP de Bauru e atualmente professor do Centro Universitário do Sagrado Coração, também de Bauru-SP, para falar sobre o jogo de realidade virtual que criou, juntamente com seus alunos, para educação ambiental de crianças de 6 a 12 anos.
Segundo Andrade, a realidade virtual é uma área com interface para diferentes áreas e tem muito a oferecer à conscientização ambiental. Vê na tecnologia potencial para a educação já que “hoje todos são muito tecnológicos”, principalmente o público infantil, alvo do aplicativo que desenvolveu, pois representa a “geração da tecnologia”.
A ideia de criar um jogo educativo para a educação ambiental usando a realidade virtual, conta o professor, veio justamente pela falta de trabalhos como este, de inspiração ambiental, mas que recriam a realidade dos meios ambientes a serem estudados. “Vimos as pesquisas com realidade virtual crescendo em todas as áreas, mas não temos o mesmo com a área ambiental.”
O aplicativo desenvolvido usa óculos de realidade virtual para dar à criança a sensação de imersão no ambiente criado. A criança se sente como um personagem de um filme de desenho animado em cenas ambientadas em locais que precisam ser cuidados e estão cheios de lixos. A tarefa do personagem é limpar e reciclar o lixo transformando o ambiente em saudável, limpo e organizado.
O argumento para o uso da tecnologia em sala de aula, segundo Andrade, não está somente no fato da geração das crianças, mas porque em sala de aula “às vezes não dá para trabalhar alguns temas”, como ambientes que representam riscos ambientais, por exemplo. Como o aplicativo que criou ainda não passou por validação em sala de aula, o professor afirma que está disponível para que os educadores infantojuvenis apliquem e testem o jogo com seus alunos.
Ambiente é o Meio