A campanha de vacinação da gripe foi antecipada este ano para se iniciar no próximo dia 23. A ideia é ajudar os profissionais de saúde a diagnosticarem com mais rapidez o coronavírus, pois, sabendo que o paciente já foi vacinado contra a influenza, começam a investigação de outras causas caso o paciente apresente sintomas de gripe.
Para entender os sintomas da gripe comum, conversamos com a acadêmica Giovanna Bingre, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP em Ribeirão Preto. A gripe comum é uma infecção aguda causada pelos vírus do tipo Influenza e que acomete as vias respiratórias. Seus sintomas, diferentes dos de um resfriado, incluem febre alta e abrupta, dor de cabeça, dor no corpo e mal estar.
Em crianças e idosos, que são mais vulneráveis, a doença pode evoluir para uma pneumonia e pode causar óbito; ainda assim, a mortalidade gira em torno de meio por cento. É provável que todos já tenham entrado em contato com algum vírus da gripe no decorrer da vida, já que a gripe pode ser contraída mais de uma vez e o vírus é facilmente mutável: “Toda vez que você pega gripe, é de um vírus diferente do anterior por causa dessas mutações. A mutação acontece porque, além da duplicação do DNA, os vírus possuem uma molécula chamada RNA, que é muito propensa a mudar durante a sua reprodução”, explica Giovanna.
A vacina é indicada para idosos, gestantes e mulheres no puerpério, crianças menores de cinco anos, portadores de condições especiais, pessoas com doenças crônicas, professores e profissionais da saúde. Para evitar contrair o vírus por completo, além da vacina, é recomendado adoção de hábitos de higiene pessoal como lavar as mãos com frequência e corretamente, não levar a mão à boca, nariz ou olhos em espaços públicos e cobrir a boca ao tossir.