
No podcast Fake News Não Pod desta semana, a acadêmica Laura Colete Cunha fala sobre o documento enviado pela médica Maria Emília Gadelha Serra ao presidente da República, Jair Bolsonaro, assinado por outros 241 médicos. A médica alerta sobre os “riscos” das vacinas contra a covid-19 que, segundo o documento, seriam “produtos experimentais injetáveis” e que não deveriam ser usados em grávidas, crianças e lactantes.
O documento coloca em dúvida a biossegurança das vacinas, contudo as vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não são simples “produtos experimentais”, como diz o documento, uma vez que as vacinas passaram por estudos pré-clínicos e clínicos, que foram rigorosamente analisados pela Anvisa, outras agências sanitárias e comitês internacionais. Em nota, o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirmou que desconhece o documento entregue ao presidente e que defende a vacinação em massa dos brasileiros.
É importante ressaltar que como qualquer outro fármaco, as vacinas estão submetidas ao Programa de Farmacovigilância, em que há um levantamento de casos suspeitos de efeitos adversos pós-vacinação, notificação e registro desses casos. Em seguida, os casos são investigados e é feita a avaliação e classificação de causalidade do efeito adverso, isto é, se o efeito adverso estava, de fato, relacionado à vacina. O documento que esclarece pormenores sobre o Programa de Farmacovigilância está disponível no site da Anvisa e é intitulado Diretrizes e Estratégias de Farmacovigilância para o enfrentamento da covid-19.
A Anvisa é transparente com a população, busque informações em fontes confiáveis e não deixe de se vacinar.
Fake News não Pod
Produção: Vydia Academics, Pretty Much Science (PMScience),
Projeto: João Fake News (bit.ly/JoaoFakeNews).
Roteirista e apresentadora: Laura Colete Cunha
Coprodução e Edição: Rádio USP Ribeirão Preto
Coordenação: Rosemeire Talamone
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