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Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) apresentou seu relatório final sobre violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar e fez 29 recomendações ao Estado brasileiro. Desde então, só duas medidas foram cumpridas. No dia 22 de maio, segunda-feira, a partir das 9 horas, o Núcleo de Apoio à Difusão de Informações sobre a Comissão Nacional da Verdade – ligado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP e ao Instituto de Relações Internacionais (IRI), também da USP – promove a Jornada Vivien Ishaq para debater essas recomendações. 

A abertura do evento, às 9 horas, terá a participação da professora Marli Quadros Leite, pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP, do professor Feliciano de Sá Guimarães, docente do IRI, e de ex-membros da Comissão Nacional da Verdade. O título do evento é uma homenagem póstuma à historiadora Vivien Ishaq, que morreu em abril de 2022. Vivien coordenou o Arquivo Nacional do Brasil, em Brasília, e foi gerente-executiva do Comitê de Relatoria da CNV.

Na primeira mesa, às 10h30, o professor Pedro Dallari, diretor do IRI e ex-coordenador da CNV, vai analisar o processo de produção das recomendações da comissão com o diplomata André Saboia Martins, que foi secretário-executivo da CNV. 

Na segunda mesa, às 14 horas, o advogado Rafael Schincariol, do Instituto Vladimir Herzog, e a professora Carolina de Campos Melo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), que foi membro do Comitê de Relatoria do Relatório Final da CNV, vão fazer um “monitoramento” das recomendações da comissão.

A conferência de encerramento da Jornada Vivien Ishaq, às 16 horas, será feita por Nilmário Miranda, assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos.