Prêmio Nobel de Física ministra aula pública na USP

 22/01/2009 - Publicado há 15 anos
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(Crédito da foto: Ernani Coimbra)William D. Phillips fez apresentações em São Paulo e em São CarlosNos dias 14 e 16 de janeiro, o professor e físico norte-americano William D. Phillips, Prêmio Nobel de Física em 1997, esteve no Instituto de Física de São Carlos e no Instituto de Física, no campus de São Paulo, onde ministrou aulas públicas, mostrando alguns fenômenos físicos, através de uma linguagem dinâmica e compreensível para o público em geral.As apresentações de Phillips fazem parte das comemorações dos 75 anos da USP, dentro da Série "Fronteiras do Conhecimento", que fomenta a interação de cientistas renomados, alguns ganhadores de Prêmio Nobel, com grupos de pesquisa da Universidade e com a comunidade em geral. Segundo o professor titular do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e um dos responsáveis pela vinda de Phillips ao Brasil, Vanderlei Salvador Bagnato, “para comemorar é preciso trazer o que há de melhor em ciência e educação, como o doutor Phillips, o qual compartilha da idéia de que não basta saber ciência na faculdade, é preciso divulgá-la”.Phillips começou a aula falando sobre Einstein e a Teoria da Relatividade, publicada em 1905, a qual possibilitou o uso dos satélites e do GPS nos dias de hoje, além de citar experimentos de resfriamento e aprisionamento de átomos com luz de laser.Para demonstrar como ocorrem esses fenômenos, o professor fez diversas experiências. Em uma delas, em São Paulo, com o intuito de todos verem de perto a reação do nitrogênio líquido frio, a -77ºC, com o ambiente quente, Phillips espalhou o líquido pela mesa e pelo chão, causando uma nuvem de fumaça e deixando a platéia entusiasmada.As aulas públicas, que contaram com tradução simultânea e transmissão direta e ao vivo pela IPTV, atraíram professores, alunos da USP e o público em geral. Entre eles, 15 alunos de uma escola em São José dos Campos, que mesmo nas férias vieram junto com o professor de física para a aula, em São Paulo. “Achei uma oportunidade bacana, principalmente para quem quer seguir a área como eu”, diz o estudante Kazuhiro Daiti, de 16 anos.Sobre o trabalho científico no Brasil, Phillips disse que tem acompanhado a evolução da física no país. “O laboratório da USP de São Carlos, por exemplo, tem capacidade de acompanhar os estudos mais modernos. Se, nas outras áreas for da mesma forma, o Brasil está no caminho certo”, afirma.Após a aula, o agora Professor Honorário do Instituto de Física de São Carlos respondeu as perguntas do público e se disse muito honrado em fazer parte das comemorações dos 75 anos e em receber o título, porque representa um reconhecimento pelo seu trabalho e colaboração nos últimos 20 anos entre a USP e o NIST (National Institute of Standards and Technology), cujo laboratório, segundo ele, sempre esteve aberto aos cientistas brasileiros.


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