.
A partir deste mês, os professores da USP podem solicitar o credenciamento para atividades simultâneas e submeter os relatórios do estágio probatório de forma totalmente virtual. O novo sistema faz parte de uma iniciativa da Comissão Especial de Regimes de Trabalho (Cert), instância da Reitoria encarregada de analisar assuntos relacionados aos regimes de trabalho do corpo docente da Universidade.
“Os principais ganhos devem ser de agilidade e de eficiência e isso se refletirá também em economia de recursos, pois, anteriormente, o processo era feito somente em papel. Com a informatização evita-se a impressão de grande quantidade de material e a necessidade de transporte, além de otimizar o trabalho dos membros e do corpo técnico da Cert”, destaca o presidente da Comissão e professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Osvaldo Novais de Oliveira Junior.
Mensalmente, a Cert recebe cerca de 300 processos, entre pedidos de credenciamento para atividades simultâneas, análise de relatórios de estágios probatórios e pedidos de afastamento de longa duração. A demanda inicial para informatizar os procedimentos foi feita pelo ex-presidente da Cert, Luiz Nunes de Oliveira, que também é docente do IFSC e presidiu a Comissão até o início de 2017.
De acordo com o Estatuto do Docente da USP, o professor que trabalha em regime de dedicação integral à docência e à pesquisa (RDIDP) poderá realizar atividades simultâneas, relacionadas a seu cargo, “visando à disseminação de conhecimentos à sociedade ou a colaboração com a Universidade, desde que não prejudique o desempenho regular da função e observadas as condições definidas na resolução que regulamenta o assunto”.
O estágio probatório se refere aos três anos iniciais de trabalho do professor após sua contratação. Ao término do segundo ano do exercício, o docente deverá apresentar um relatório das atividades desenvolvidas nesse período.
Gestão do processo
O novo sistema da Cert é composto por dois módulos e foi desenvolvido pelo Centro de Tecnologia da Informação de São Carlos (CeTI-SC), ligado à Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da Universidade. Durante um ano, as versões-piloto foram testadas na Faculdade de Saúde Pública (FSP) e no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC).
“Os módulos do Sistema Cert compõem os sistemas corporativos da USP e, portanto, foram desenvolvidos com a mesma tecnologia. Além de o padrão de interface de utilização e a arquitetura de software serem os mesmos dos sistemas corporativos, os dados dos docentes são recuperados automaticamente das bases corporativas com a utilização da senha única dos usuários”, explica o superintendente da STI, João Eduardo Ferreira.
O diretor do CeTI-SC e professor da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), Adilson Gonzaga, acrescenta que os módulos foram desenvolvidos “de maneira não apenas a reproduzir o fluxo de um processo que tramita na Cert, mas, principalmente, para facilitar a gestão desses processos. Neste aspecto, foi essencial o trabalho conjunto do CeTI com o corpo técnico de funcionários da Comissão, para ajustes nas versões iniciais e nos testes com os pilotos”.
Utilização do sistema
O novo sistema da Cert pode ser acessado pelo USP Digital, com a utilização da senha única do usuário, a mesma que ele utiliza para acessar os sistemas corporativos da USP.
Após a autenticação, o docente deverá clicar no link “Cert – Sistema de Apoio à Comissão Especial de Regimes de Trabalho”. O sistema permite que o professor faça o upload de documentos e, para o currículo, por exemplo, bastará incluir um link para a plataforma Lattes.
O president da Cert afirma que a “utilização do sistema é voluntária. Os pedidos e os relatórios poderão continuar a ser feitos por papel. O objetivo é tornar o uso compulsório. Entretanto, isso só será feito quando percebermos que a comunidade está confortável com o sistema informatizado”.
A Comissão disponibiliza o e-mail cert@usp.br para esclarecer dúvidas sobre a utilização do sistema.