Pouco disseminada, arqueologia tem papel fundamental na formação do Brasil

USP apresenta projetos que utilizam a arqueologia para estudar o patrimônio cultural do País; on-line e gratuito, evento busca difundir conhecimento e explorar o potencial desta ciência interdisciplinar

 30/08/2022 - Publicado há 2 anos
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Detalhe de restos animais de sítios arqueológicos sendo analisados – Foto: Cecília Bastos/Jornal da USP

 

No dia 31 de agosto, às 9 horas, o Instituto de Estudos Avançados (IEA), junto à Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI), ambos da USP, promovem o evento Jornadas Investigativas Contemporâneas: a Disciplina Arqueológica entre a Interdisciplinaridade e o Patrimônio Cultural. O evento será transmitido ao vivo no site do instituto e será conduzido por Vagner Carvalheiro Porto, professor do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP. Em sua visão, o evento é uma oportunidade de abordar a história do Brasil e seu patrimônio cultural pela perspectiva da arqueologia. 

O debate se dará em torno do patrimônio cultural e da interdisciplinaridade da arqueologia, já que se trata de uma ciência que dialoga com história, geografia e demais ciências humanas. Além disso, os convidados pretendem discutir sobre as referências às identidades locais, regionais e globais e o resgate da memória de diferentes grupos sociais. 

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Os arqueólogos convidados apresentarão métodos de pesquisa em patrimônio cultural, entre eles a possibilidade de cruzamento entre fontes históricas, arqueológicas e literárias. São eles: Lúcia Cardoso Juliani, sócia-diretora da empresa de assessoria em arqueologia A Lasca Arqueologia, assim como Paula Nishida, supervisora do Centro de Arqueologia de São Paulo, Carla Gibertoni Carneiro, educadora do MAE, e Maria Cristina Nicolau Kormikiari, docente do MAE e pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre Cidade Antiga. 

Na programação, cada convidado deve discutir um assunto de sua especialidade no âmbito da arqueologia. Paula Nishida falará sobre a importância do Parque Augusta, um dos primeiros parques arqueológicos de São Paulo; Carla Gibertoni refletirá acerca da importância do acervo do Museu de Arqueologia da USP, em meio às pesquisas, ao ensino e à difusão de conhecimento; e Lúcia Juliani tratará das escavações arqueológicas, não só no âmbito técnico, como também em sua qualidade de patrimônio da cidade. 

Vagner Porto – Foto: USP-br-edu

“A gente vai ter uma oportunidade de fazer com que o público externo à USP conheça o que a arqueologia faz no nosso país”, diz Vagner Porto. 

A ação faz parte do Programa Ano Sabático IEA-USP. Nele, são reunidos seis pesquisadores que se retiraram, durante um ano, para se aprofundar em suas pesquisas. Após esse período, suas produções são exibidas nos eventos das Jornadas Investigativas Contemporâneas. Eles ocorrem entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro, fazendo discussões teóricas, metodológicas e práticas sobre projetos de pesquisa em andamento. 

Além disso, também integra a programação do USP Pensa Brasil, outro evento que busca difundir e democratizar o conhecimento na Universidade. Este começou no dia 29 de agosto, com 60 atividades distribuídas em cinco dias de conferências, debates, painéis, exposições, atividades artísticas e lançamento de publicações inéditas. De acordo com Porto, todas as pesquisas realizadas nas Jornadas Investigativas Contemporâneas são formas de “pensar o Brasil”. No caso de Disciplina Arqueológica entre a Interdisciplinaridade e o Patrimônio Cultural, o docente acredita que o evento servirá para “pensar o Brasil pelo contexto da arqueologia”. 

O evento do IEA será gratuito, no dia 31 de agosto, das 9 às 12 horas, com transmissão ao vivo pelo site do instituto. O público participante poderá enviar dúvidas por e-mail à instituição após o debate. Não é necessário fazer inscrição.

Mais informações: Vagner Carvalheiro Porto, professor do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia do MAE – vagnerporto@usp.br.


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