Conheça a “Oka Hygua”, dança tradicional e arte marcial dos povos Mbyá-Guarani

A Rede de Atenção à Pessoa Indígena do Instituto de Psicologia da USP promove a vivência em sua Casa de Culturas Indígenas; a atividade acontece quinzenalmente às segundas-feiras, sem necessidade de inscrição prévia

 27/10/2022 - Publicado há 2 anos     Atualizado: 04/11/2022 as 13:43
Vivência de Oka Hygua é promovida pela Rede de Atenção à Pessoa Indígena na Casa de Culturas Indígenas do IP – Fotos: Rapi/USP

 

A Rede de Atenção à Pessoa Indígena (Rapi), ligada ao Instituto de Psicologia (IP) da USP, realiza quinzenalmente o Oka Hygua – manifestação tradicional da cultura originária dos povos Mbyá-Guarani, que contém aspectos de arte marcial, dança e música. A atividade acontece nos dias 07 e 28 de novembro e 12 de dezembro, sempre às segundas-feiras, das 14 às 16 horas, sem necessidade de inscrição.

O Oka Hygua traz uma linguagem própria de rito ou cerimônia espiritual, sendo um método de transmissão de conhecimento intergeracional próprio da cultura. Sua prática envolve de maneira integrada movimentos corporais circulares atentos a constantes desafios, ritmo e musicalidade. A vivência acontece no espaço tradicional do Opy’i (casa de cerimônias) do IP. De acordo com os pesquisadores da Rapi, a Opy é o maior espaço de aprendizagem do nhandereko (modo de ser e sistema cultural Mbyá-Guarani). A Opy é essencial para a formação dos xondaro e das xondaria (pessoas guardiãs e guerreiras) e é considerada um local sagrado, onde também são realizadas as reuniões dos projetos e diálogos da rede indígena.

 

Oka Hygua

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A prática do Oka Hygua remete também a objetivos esportivos, como o desenvolvimento humano, pensamento estratégico, forte sentido de inclusão, pertencimento e sentimento de grupo e coletividade, promovendo uma formação completa dos seus praticantes. O Oka Hygua já vem sendo praticado pelos povos Mbyá-Guarani desde a sua origem e, ainda hoje, continua-se mantendo esse conhecimento vivo. No entanto, não houve historicamente tentativas suficientes de acolher essa prática e conhecimento ancestral nos espaços universitários.

Por meio dos encontros quinzenais, a Rapi encontrou uma maneira de compartilhar essa sabedoria e a realidade dos povos indígenas na dança do Oka Hygua. A manifestação tradicional é desenvolvida em parceria com mestres e jovens praticantes da dança: Edson Karai Mirim, Neilson Karai Tataendy,  Rafael Vera Mirim e Ricardo Karai Tataendy.

A rede também é responsável pelo Nhembo’e’a Ara Pyau – Curso de Língua e Cultura Mbyá-Guarani, que é ministrado por professores moradores da TI Jaraguá.

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