Ouça no link abaixo a entrevista do curador da exposição Egito Antigo: Do Cotidiano à Eternidade, Pieter Tjabbes, no programa Via Sampa, da Rádio USP (93,7 MHz), transmitida no dia 13 de fevereiro de 2020.
Uma múmia de mulher com cerca de 3.500 anos e um volume em papiro de mesma idade do Livro dos Mortos – um manual para a alma chegar bem ao último julgamento, com orientações para evitar os perigos no caminho e instruções sobre como se comportar diante do deus Osíris naquele decisivo momento. Essas são duas das 140 peças que estarão na exposição Egito Antigo: Do Cotidiano à Eternidade. A mostra ficará em cartaz de 19 de fevereiro a 11 de maio no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em São Paulo. A entrada é grátis, mas, para evitar filas, o interessado em ver a exposição precisa agendar o horário de visitação pelo site http://bit.ly/
No dia 13 passado, o curador da exposição, Pieter Tjabbes, falou sobre a mostra no programa Via Sampa, da Rádio USP (93,7 MHz).
Como Tjabbes explicou, as peças são originárias do Museu de Turim, na Itália, que reúne o segundo maior acervo do mundo relacionado ao Egito antigo – atrás apenas do Museu do Cairo.
“São peças fantásticas que, principalmente, mostram como era a vida do dia a dia dos egípcios, como eles celebravam a religião e a importância que davam à pós-vida”, disse Tjabbes na entrevista, citando objetos do cotidiano, instrumentos de devoção e peças que eram enterradas nas tumbas com o morto. “A preocupação maior do egípcio daquela época era como perpetuar na pós-vida a boa vida que eles tinham na terra”, destacou Tjabbes, que divide a curadoria com Paolo Marini. “A mumificação era essencial para isso. Era preciso fazer com que o corpo ficasse para a eternidade. Mas também tinha que proteger essa múmia de todos os perigos. Por isso ela era colocada dentro de um caixão, que era guardado num lugar fechado – uma tumba ou, no caso dos primeiros faraós, uma pirâmide.”
Sempre com a preocupação de garantir ao morto uma boa vida – disse Tjabbes -, a múmia era enterrada com tudo o que era necessário para uma existência feliz após a morte, incluindo móveis, roupas, objetos de decoração e, principalmente, comida e bebida. “O morto precisava se alimentar”, acrescentou o curador. “É interessante notar que, para o egípcio, a representação de comida – uma pintura ou um relevo, por exemplo – já era a garantia de que haveria comida no além.”
Ouça no link acima a íntegra da entrevista do curador Peter Tjabbes no programa Via Sampa, da Rádio USP.
A exposição Egito Antigo: Do Cotidiano à Eternidade ficará em cartaz de 19 de fevereiro a 11 de maio, todos os dias, exceto às terças-feiras, das 9 às 21 horas, no Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Álvares Penteado, 112, Centro, em São Paulo, próximo à estação São Bento do Metrô). Entrada grátis. O interessado em ver a exposição deve agendar o horário de visitação pelo site http://bit.ly/