Exposição vai mostrar múmia egípcia de 3.500 anos

Mostra sobre o Egito antigo estará de 19 de fevereiro a 11 de maio no Centro Cultural Banco do Brasil, com entrada grátis

 17/02/2020 - Publicado há 4 anos

Ouça no link abaixo a entrevista do curador da exposição Egito Antigo: Do Cotidiano à Eternidade, Pieter Tjabbes, no programa Via Sampa, da Rádio USP (93,7 MHz), transmitida no dia 13 de fevereiro de 2020.

Logo da Rádio USP

Uma múmia de mulher com cerca de 3.500 anos e um volume em papiro de mesma idade do Livro dos Mortos – um manual para a alma chegar bem ao último julgamento, com orientações para evitar os perigos no caminho e instruções sobre como se comportar diante do deus Osíris naquele decisivo momento. Essas são duas das 140 peças que estarão na exposição Egito Antigo: Do Cotidiano à Eternidade. A mostra ficará em cartaz de 19 de fevereiro a 11 de maio no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em São Paulo. A entrada é grátis, mas, para evitar filas, o interessado em ver a exposição precisa agendar o horário de visitação pelo site http://bit.ly/EgitoNoCCBBSP.

No dia  13 passado, o curador da exposição, Pieter Tjabbes, falou sobre a mostra no programa Via Sampa, da Rádio USP (93,7 MHz).

Peça original do Egito antigo que será mostrada em exposição a ser inaugurada nesta terça-feira, dia 19, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo – Foto: Divulgação/CCBB

Como Tjabbes explicou, as peças são originárias do Museu de Turim, na Itália, que reúne o segundo maior acervo do mundo relacionado ao Egito antigo – atrás apenas do Museu do Cairo.

“São peças fantásticas que, principalmente, mostram como era a vida do dia a dia dos egípcios, como eles celebravam a religião e a importância que davam à pós-vida”, disse Tjabbes na entrevista, citando objetos do cotidiano, instrumentos de devoção e peças que eram enterradas nas tumbas com o morto. “A preocupação maior do egípcio daquela época era como perpetuar na pós-vida a boa vida que eles tinham na terra”, destacou Tjabbes, que divide a curadoria com Paolo Marini. “A mumificação era essencial para isso. Era preciso fazer com que o corpo ficasse para a eternidade. Mas também tinha que proteger essa múmia de todos os perigos. Por isso ela era colocada dentro de um caixão, que era guardado num lugar fechado – uma tumba ou, no caso dos primeiros faraós, uma pirâmide.”

Sempre com a preocupação de garantir ao morto uma boa vida – disse Tjabbes -, a múmia era enterrada com tudo o que era necessário para uma existência feliz após a morte, incluindo móveis, roupas, objetos de decoração e, principalmente, comida e bebida. “O morto precisava se alimentar”, acrescentou o curador. “É interessante notar que, para o egípcio, a representação de comida – uma pintura ou um relevo, por exemplo – já era a garantia de que haveria comida no além.”

Ouça no link acima a íntegra da entrevista do curador Peter Tjabbes no programa Via Sampa, da Rádio USP.

A exposição Egito Antigo: Do Cotidiano à Eternidade ficará em cartaz de 19 de fevereiro a 11 de maio, todos os dias, exceto às terças-feiras, das 9 às 21 horas, no Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Álvares Penteado, 112, Centro, em São Paulo, próximo à estação São Bento do Metrô). Entrada grátis. O interessado em ver a exposição deve agendar o horário de visitação pelo site http://bit.ly/EgitoNoCCBBSP. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 4298-1270. 


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.