Modelo matemático possibilita redução de impostos sobre “commodities”

Fórmula desenvolvida em São Carlos aponta que redução pode chegar a até 40% dos custos para empresas exportadoras

 28/01/2020 - Publicado há 4 anos

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A dissertação de mestrado do aluno Felipe Lourenço, do Mestrado Profissional em Matemática, Estatística e Computação Aplicadas à Indústria (Mecai) da USP São Carlos, concluiu que é possível reduzir em até 40% os custos de impostos que as empresas exportadoras de commodities devem pagar. O modelo matemático utiliza uma base de dados já computada, oferecendo a melhor opção para comprovação fiscal, diminuindo o risco de atrasos, que podem ocasionar a perda de isenções fiscais do governo. O modelo facilita e otimiza o trabalho dessas empresas que enfrentam a complicada estrutura tributária do País. Inclusive, o tema volta a ganhar destaque com a reforma tributária na pauta do governo este ano.

Reforma tributária – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

“Em geral, as empresas comportam a regra da primeira nota fiscal que chega até a última que sai. Nosso modelo matemático observa o global, procurando a melhor opção de comprovação de notas fiscais para isenções através do modelo de otimização, não sendo necessariamente a primeira nota que chega”, explica Maristela Oliveira dos Santos, professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos e orientadora de Felipe Lourenço, em entrevista ao Jornal da USP no Ar.

Considerando todas as notas fiscais para determinar de forma rápida qual a melhor combinação para comprovação fiscal, são empregados pelos algoritmos alguns critérios como estado de origem da commodity, o prazo da comprovação fiscal e quando será o embarque. “Eles determinam como fazer esse embarque da melhor maneira possível”, pontua a professora. 

O estudo é voltado para os incentivos por parte do governo, principalmente quando se trata da comprovação fiscal para operação de fim específico à exportação de commodities, baseando-se no ICMS. Sendo um imposto relativamente alto, suas alíquotas variam de Estado para Estado e, ao analisar sua origem, o modelo matemático pode apontar para a empresa a prioridade de comprovação de menor custo. “Por ser fácil de adaptar, a empresa que queira utilizar essa otimização, na tomada de decisões, realizará de maneira rápida e eficiente”, acentua Maristela.

Ouça a entrevista completa no player acima.


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