“Série Energia”: Uso de drones na agricultura está vinculado à capacidade das baterias

Empregado na pulverização de pesticidas, os drones devem receber em futuro próximo baterias com mais autonomia

 14/07/2023 - Publicado há 10 meses
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Equipamentos cada vez mais importantes na agricultra, os drones precisam ter mais autonomia de voo – Foto: Liu Xiaozhong/Pixabay
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Cada vez mais presentes no nosso dia a dia, os drones se tornaram uma ferramenta fundamental em um dos mais importantes setores da economia: o agronegócio. Os veículos aéreos não tripulados (VANT’s) ou simplesmente drones, são equipamentos eletrônicos que, por serem compactos, ágeis e práticos, têm se tornado cada vez mais um aliado nas lavouras, tornando-se uma excelente ferramenta no sensoriamento remoto e na pulverização de pesticidas.

Esse equipamento apresenta em sua construção uma complexidade grande, alinhando diferentes mecanismos para o seu bom funcionamento, como motores, baterias, controladores de voo, sensores, câmeras e sistemas de comunicação, que são integrados de forma precisa e eficiente, possibilitando que esse dispositivo realize voos lavoura afora. 

Quando se fala de drones agrícolas, é nas baterias que se encontram um dos aspectos fundamentais para a sua viabilidade como ferramenta, uma vez que ela fornece a energia necessária para o voo e o funcionamento dos sistemas embarcados, precisando ser ofertada em quantidade, tensão e estabilidade adequadas. Nesse sentido, as baterias de íons de lítio e LiPo são as mais utilizadas nesse meio, resultando em autonomias que variam entre 10 e 30 minutos, podendo ser até menor a depender do modelo de drone de pulverização.

Dizer quanto um drone pulveriza por dia é uma tarefa complicada, porque isso vai depender de fatores como o tipo de equipamento, a capacidade de armazenamento de defensivo (tanque), a vazão e a autonomia de sua bateria. Em média, no Brasil, com os modelos mais utilizados e a tecnologia neles embarcada, consegue-se trabalhar com valores diários que variam entre 1 e 20 hectares. 

Para que o responsável consiga fazer a aplicação, é necessário sobretudo trabalhar com um conjunto de baterias, para que se possa fazer o rodízio delas, uma vez que a duração média da bateria é de um voo, o que vai garantir a aplicação de defensivo em 1 hectare. Dessa forma, enquanto é realizada a pulverização, um conjunto de baterias estará carregando, ou seja, um outro jogo de baterias estará pronto além daquelas embarcadas no drone.

A Série Energia tem apresentação do professor Fernando de Lima Caneppele (FZEA), que produziu este episódio com o engenheiro agrônomo Lucas Daniel Pimenta. A coprodução é de Ferraz Junior e edição da Rádio USP Ribeirão. Você pode sintonizar a Rádio USP Ribeirão Preto em FM 107,9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS.


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