Ouça a entrevista da repórter Sandra Capomaccio com o professor Antônio Mauro Saraiva, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo:
A Universidade de São Paulo abriu acesso à nuvem computacional para pesquisadores vinculados a quaisquer universidades ou instituições de pesquisa poderem realizar seus projetos. O professor Antônio Mauro Saraiva, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, diz que essa política serve a um novo ordenamento de uso da nuvem, o qual passou a permitir que os docentes contribuam para a sustentabilidade dessa tecnologia. A proposta é a de que os docentes, em vez de comprarem computadores – que ocupam espaço e requerem manutenção -, passem a usar parte dos recursos obtidos em seus projetos de pesquisa, para adquirirem créditos e terem a possibilidade de contar com as vantagens da nuvem computacional da USP, a um preço muito inferior ao do mercado.
Essa mudança de acesso à nuvem contou com o apoio da Fapesp, que sugeriu a abertura dessa possibilidade também a pesquisadores e docentes de instituições não ligadas à Universidade de São Paulo, que, dessa forma, poderiam ter acesso a uma nuvem com preços competitivos e com toda a infraestrutura necessária. De acordo com o professor Saraiva, essa abertura também beneficia a própria USP, que passará a usar os recursos extras obtidos com essa tecnologia na manutenção e atualização constantes da nuvem.
A decisão de abrir a nuvem para a comunidade externa é inédita no ambiente universitário, assegura o professor da Poli. Frise-se, aliás, que a nuvem computacional da USP também foi a primeira nesse meio. O professor Saraiva revelou ainda que, somente no primeiro dia após a divulgação sobre a abertura da nuvem para a comunidade externa, contaram-se dez consultas de pesquisadores e docentes interessados em saber como obter acesso à nuvem.