O Brasil não é mais um país em desenvolvimento, mas um país desenvolvido. Pelo menos é o que afirma o presidente do Estados Unidos, Donald Trump. Além do Brasil, Trump considera os demais integrantes do Brics, Rússia, Índia, China e África do Sul, países desenvolvidos. Quais as consequências que isso traz?
Para o professor Umberto Celli Junior, da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP) da USP, especialista em Direito Internacional e árbitro do Brasil na OMC, a Organização Mundial do Comércio, pouca coisa muda com essa mudança de status.
Para ele, essa afirmação de Trump é mais um passo no acordo entre Brasil e Estados Unidos para que o Brasil seja aceito como membro permanente da OCDE, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, grupo dos países ricos considerados desenvolvidos.
Por outro lado, o Brasil passaria a negociar seu comércio externo pela regras da OCDE, órgão que não funciona como câmara de arbitragem como é a OMC, mas como regulador. Para ser membro da OCDE, o Brasil deixa de fazer acordos preferenciais, mas vai ter de modernizar sua legislação e suas práticas em questões como tarifas aduaneiras, burocracias, transparência e combate à corrupção.
Ouça a entrevista no link acima.