Hospital Universitário implanta programa que busca avanços tecnológicos na área da saúde

Leopoldo Rideki Yoshioka destaca, dessa parceria entre Poli e HU, os protótipos do robô hospitalar e do cicloergômetro, que prometem automatizar funções farmacêuticas e ajudar na recuperação de pacientes em fisioterapia

 27/04/2022 - Publicado há 2 anos
Foto: Reprodução/Marcos Santos/USP Imagens
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Em 2020, a sociedade acadêmica se mobilizou para promover soluções que auxiliassem no enfrentamento à pandemia de covid-19, e uma parceria entre a Escola Politécnica (Poli) da USP e o Hospital Universitário (HU) foi importante para que alguns projetos de inovação em saúde fossem hoje desenvolvidos. 

Leopoldo Rideki Yoshioka – Foto: Reprodução/FAPESP

O professor Leopoldo Rideki Yoshioka, do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Poli, discorre em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição sobre o Hospital 4.0, programa que busca avanços tecnológicos para o HU. Yoshioka comenta sobre um evento realizado em 2020, com participação do Centro de Inovação Tecnológica do Hospital Universitário, o In Tec, para apresentar protótipos como o robô hospitalar, equipamento que tem a finalidade de realizar a automação da farmácia, como dispensação e separação de remédios.  

Outro projeto citado pelo professor é o cicloergômetro, equipamento de fisioterapia semelhante a uma “minibicicleta”: “É um equipamento muito importante para a recuperação dos pacientes pós-cirúrgicos, porque ocorre a perda de massa muscular após a cirurgia ou um procedimento e, enquanto [o paciente] está no leito, se ele puder iniciar os exercícios de fisioterapia a recuperação fica muito mais rápida, reduzindo tempo de internação”.   

Cooperatividade

Esses trabalhos são feitos de forma cooperativa entre vários profissionais. Entre eles, professores da Fisioterapia, Farmácia, do Laboratório de Análises Clínicas e da Escola de Engenharia. “Esses equipamentos estão em fase de testes e desenvolvimento e, nesse sentido, é muito importante a parceria com o HU, porque os próprios profissionais de saúde nos ajudam a realizar os testes e sugerem aprimoramentos”, afirma Yoshioka.

O professor relata que um objetivo desse ofício é buscar a continuidade, pois anteriormente existiam trabalhos realizados de forma isolada entre profissionais da saúde e pesquisadores, que duravam cerca de dois a três anos e se encerravam. “Estamos submetendo projetos para a criação de um laboratório permanente de proteção de, por exemplo, próteses, dispositivos e equipamentos, de modo que toda a comunidade da USP, e também outras empresas, possam participar desse processo”, afirma. 

Yoshioka ainda reflete sobre a importância do País de ter a capacidade de gerir seus próprios insumos e produtos, com as parcerias e pesquisas feitas. Ele acredita que ainda terão uma jornada de alguns meses para chegarem a um produto final, mas que existe uma cooperação que entregará esse produto para ser industrializado e atender não só ao HU, mas também ao Sistema Único de Saúde.


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