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Pedofilia, incesto e abuso sexual. Três termos repudiados pelas pessoas, mas que não deixam de estar presentes na sociedade brasileira. Rose Miyahara, pesquisadora do Instituto de Psicologia da USP (IP-USP), explica a diferença entre tais termos e a influência que o meio socioeconômico e cultural tem sobre os casos.
A psicóloga explica que contextos familiares não necessariamente possuem relações de consanguinidade. Padrastos, madrastas, entre outros, podem também estar envolvidos em crimes de incesto, pois o principal é a imagem de relação que o adulto passa para a criança. Perante julgamento, qualquer caso de abuso é visto da mesma forma, todavia, há diferenças quando analisado pelo campo da psicologia.
“A vulnerabilidade socioeconômica cria a vulnerabilidade psíquica, é como se o psiquismo desse adulto tivesse uma probabilidade maior de regredir a ações infantis, primárias”, explica Rose sobre a influência do meio. Além disso, fatores culturais também possuem importância para a ocorrência de abusos, incesto e pedofilia. Em algumas regiões, os meninos são submetidos muito cedo a suas primeiras relações sexuais. Já as meninas, entram jovens no mundo da prostituição em busca de certa ascensão social.
Deve-se prezar pelo tratamento das vítimas e dos agressores, pois estes, mesmo após cumprir suas penas, podem retornar à sociedade e cometer crimes novamente. A pesquisadora exemplifica com casos ocorridos em seu ofício.
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