Startup de ex-aluno é selecionada em programa de economia criativa

Empresa desenvolveu um retinógrafo portátil que funciona a partir de smartphones

 08/05/2017 - Publicado há 7 anos
Protótipo do retinógrafo portátil: dispositivo captura imagens do fundo do olho para diagnóstico médico – Foto: Divulgação/Phelcom

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Realizar exames oftalmológicos a partir de um aparelho celular é uma realidade no Brasil, graças a uma solução lançada pela Phelcom Technologies, empresa assistida pela Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, de Ribeirão Preto (SP). A startup é responsável pela criação da SRC – Smart Retinal Camera, uma nova geração de retinógrafos portáteis, e foi uma das 12 empresas brasileiras selecionadas pela Samsung para participar da segunda edição do Programa de Promoção da Economia Criativa.

Flávio Pascoal Vieira, sócio da empresa e mestre em Engenharia Elétrica da USP, explica que o retinógrafo é um dispositivo oftalmológico que captura imagens do fundo do olho para diagnóstico médico.  “Os aparelhos oftalmológicos têm custo elevado, o que faz com que as pequenas cidades não contem com serviços de oftalmologia. Hoje, 4,7 mil municípios brasileiros não possuem esse tipo de serviço, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o que gera uma demanda grande por exames simples”, explica.

“A portabilidade é uma das inovações que a Phelcom apresenta com a SRC. Com o retinógrafo portátil, é possível realizar exames em comunidades mais remotas ou carentes, que têm acesso limitado a esse tipo de exame”, enfatiza Vieira. A tecnologia desenvolvida pela startup é portátil e poder ser acoplada a smartphones, gerando imagens panorâmicas automáticas de alta resolução da retina.

Entenda melhor como funciona o aparelho

“Trata-se de uma inovação segura para o paciente. As funcionalidades básicas do equipamento foram comprovadas por meio da aquisição de imagens da retina de um simulador de olho humano. É uma tecnologia indicada para o uso, por exemplo, em crianças, acamados e pessoas com mobilidade reduzida, que também pode ser adotada por profissionais com limitada capacidade de investimento ou espaço físico reduzido em suas clínicas”, ressalta.

Economia Criativa

Com a participação no Programa de Promoção da Economia Criativa da Samsung-Anprotec, a Phelcom recebeu aporte de R$ 200 mil, além de suporte técnico de profissionais da Samsung e acesso a mentores de mercado para o aprimoramento da tecnologia. “Para cada caso, as contrapartidas foram negociadas com a Samsung de acordo com as oportunidades que despertaram interesse na multinacional”, explica Vieira. O programa é uma parceria com a Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores) e CCEI (Centro Coreano de Economia Criativa e Inovação).

Além do aporte recebido, a startup também recebe apoio da Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, integrante do programa. “O objetivo é incentivar a cultura do empreendedorismo inovador e a geração de negócios de alto impacto. A empresa tem acesso à estrutura física da incubadora e recebe apoio para o desenvolvimento de seu negócio, mentorias e treinamentos baseados no Modelo Coreano de Cultura de Economia Criativa, desenvolvido pelo CCEI”, explica Saulo Rodrigues, gerente da Supera Incubadora.

Supera Parque

O Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto é resultado de uma parceria entre  Fipase, USP, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto e Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo e está instalado no campus da USP local. O parque abriga a Supera Incubadora de Empresas, o Supera Centro de Tecnologia, a associação do Arranjo Produtivo Local (APL) da Saúde, o Polo Industrial de Software (Piso), além do Supera Centro de Negócios.

Ao todo, são 59 empresas instaladas no Parque: 40 delas na Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, 14 empreendimentos no Centro de Negócios e cinco na aceleradora SEVNA Seed.

Da Assessoria de Comunicação do Supera Parque


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