Poder estar conectado a todo momento e interagir na rede sem interrupções é fundamental para quem estuda, pesquisa e trabalha no ambiente universitário. A partir de setembro, a comunidade USP vai encontrar um novo cenário ao acessar a internet.
A Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da USP acaba de adquirir oito mil pontos de acesso à rede sem fio com suas respectivas antenas para atender a mais de 60% das unidades. O investimento foi de R$10,5 milhões.
“O objetivo da aquisição, um conjunto de antenas para melhorar a infraestrutura de computação sem fio, é prover um acesso de internet de alta performance nos espaços internos dos prédios das unidades”, explica João Eduardo Ferreira, superintendente da STI.
Educação e pesquisa
Com as novas antenas, estudantes, pesquisadores e funcionários poderão utilizar com mais facilidade a rede Eduroam (education roaming), um serviço de conectividade desenvolvido para a comunidade internacional de educação e pesquisa que oferece acesso sem fio à internet. O serviço está disponível na USP desde 2013, a partir de uma parceria da STI com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, organização vinculada ao governo federal.
A proposta do Eduroam é eliminar a necessidade de múltiplos logins e senhas. Os usuários conseguem se conectar de forma simples, rápida e segura pela rede sem fio dentro de seus campi ou em qualquer local em que haja pontos de acesso.
A infraestrutura das antenas antigas não permitia a coexistência de visitantes e pessoas associadas à USP. “As novas antenas facilitarão o uso do Eduroam sem precisar de um protocolo de replicação. Hoje, para usar o notebook na Universidade, é preciso registrar a sua placa na unidade em que trabalha ou estuda, um processo muito burocrático”, analisa Ferreira.
A potência dos novos equipamentos varia de unidade para unidade, mas é capaz de atender satisfatoriamente à demanda de cada lugar, já que cada unidade definiu seu tipo de antena.
Aquisição
Ferreira esclarece que a aquisição foi concretizada por meio de um edital de registro de preços, seguido por um pregão de licitação. O trabalho foi feito em parceria com a Coordenadoria de Administração Geral (Codage) da Universidade, devido à dificuldade em comprar equipamentos sofisticados a partir da Lei de Licitação.
“É um trabalho hercúleo fazer licitação, pois o edital precisa de especificação técnica correta para garantir concorrência entre os fabricantes sem ser tendencioso por determinado tipo de especificação”, conta.
O superintendente se orgulha de ter economizado mais de 60% na compra dos equipamentos que tinham, no início, o valor estimado entre 20 e 22 milhões de reais. “Conseguimos chegar a R$ 10,5 milhões”. Ferreira ressalta que a economia é consequência de uma boa especificação técnica, uma boa seleção dos principais fornecedores – atraindo várias empresas para o pregão – e do exercício da real concorrência. “Orgulho-me de muitas coisas aqui na STI, e uma delas é usar bem o dinheiro público”, afirma.