No tocante ao processo de descarbonização da economia dos EUA, Joe Biden já demonstrou sinais positivos, como a política externa já definida na questão climática com a volta ao Acordo de Paris, e a escolha de John Kerry, ex-secretário de Estado de Barack Obama, que será o encarregado dessa área. Mas a questão interna em relação às medidas descarbonizadoras, segundo o professor José Eli da Veiga, é mais complexa. “Além de reverter imediatamente todos os decretos e portarias de Donald Trump, o novo presidente terá de tomar algum tipo de iniciativa legislativa”, diz o colunista.
Mesmo que os democratas vençam as eleições para o Senado na Geórgia, a correlação de forças será complicada. “O mais provável é que Biden faça agora, e de forma urgente, uma lei ao mesmo tempo sanitária e econômica, e que nela estejam embutidas medidas de descarbonização”, diz o colunista. De outro lado, Eli da Veiga lembra que um dos fatores que fazem com que a oposição republicana possa ser bem mais fraca agora é que os economistas mudaram muito de posição. “Em 2009, a maioria deles era contra a taxa carbono imposto e agora isso mudou muito.” Para maior compreensão do tema, o colunista sugere a leitura do artigo Biden vai descarbonizar, publicado nesta quinta-feira (26) no jornal Valor Econômico.
Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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