Qual será o futuro do software? Antes de responder a essa pergunta, Luli Radfahrer observa que a programação não é uma profissão do futuro, mas do presente. Porque no futuro, segundo ele, as próprias máquinas vão fazer seus programas, “e o que a gente conhece hoje como programador ou vai ter que se atualizar muito ou provavelmente também vai perder o emprego”. Isso porque vem por aí uma nova geração de softwares autoprogramáveis, o que não significa que as máquinas ficarão mais inteligentes, e sim que se tornarão muito melhores e mais ágeis.
Como exemplo, ele cita: “A máquina vai identificar uma variedade de padrão e já vai desenvolver automaticamente um “programinha” para corrigir ou para acertar isso”. É algo, sublinha o colunista, “que vai funcionar como o nosso sistema imunológico, que identifica um problema e já resolve sem agir, sem chamar nenhuma pessoa no meio do caminho”. O que também não significa que o software de hoje esteja obsoleto. É que o novo tipo de software não é para todo tipo de coisas. “O seu videogame talvez mude, mas dificilmente o programa que tira fotos no seu celular vai mudar, ou mesmo o seu editor de textos, o que vai acontecer é que, para determinados usos específicos, esse tipo de programação […] vai ser usado.” No frigir dos ovos, a conclusão é a de que o programa de hoje continuará existindo, “mas provavelmente para novas soluções ou para problemas que a gente nem imaginava ter uma solução matemática. O futuro é bem fascinante”.
Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.
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