Apesar da derrota na eleição presidencial que reelegeu Emmanuel Macron, a candidata derrotada Marine Le Pen está numa posição confortável pelo número de votos que a extrema-direita obteve. “Mas o que acontecerá após as eleições legislativas, que virão em junho, ainda não se sabe ao certo”, observa o professor José Eli da Veiga. “Jean-Luc Mélenchon, que chegou em terceiro lugar com uma votação expressiva, anunciou, após o resultado do segundo turno, que entrava na batalha para ser eleito primeiro-ministro”, destaca o colunista. O professor explica que o primeiro-ministro é escolhido normalmente pelo presidente da República em função da maioria que se forma no Congresso.
Na análise de Eli da Veiga, “os partidos tradicionais, como o da social-democracia, que lá é o Partido Socialista, e o Partido Comunista, que tiveram uma importância muito grande em toda a segunda metade do século 20, viraram farinha”. Mas o fato é que Mélenchon, criador do partido “França Insubmissa”, conseguiu juntar os cacos dessa esquerda e está se lançando como candidato a primeiro-ministro. “Ele fez um discurso no sábado passado dizendo que vai ter novidades”, diz o professor. Na edição do jornal Valor Econômico do último dia 29 de abril, Eli da Veiga aborda as eleições francesas em sua coluna, no texto intitulado Inevitável Coexistência.
Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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