A importância da visão e da audição no desenvolvimento da linguagem

Segundo Eduardo Rocha, são sentidos que aguçam a curiosidade, motivam o sistema motor e as interações para enriquecer o repertório de formação global de cada indivíduo

 28/02/2024 - Publicado há 2 meses

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“A linguagem é um dos traços mais distintos para identificar a humanidade de qualquer individuo, ela possui variedades e complexidades que são culturais  e muito diversas no mundo todo”. Assim Eduardo Rocha dá início à sua coluna, cujo tema é o aprendizado da linguagem, habilidade que depende da visão e da audição. A linguagem é adquirida, em grande parte, nos primeiros anos de vida e sem ajuda de instruções ou esquemas de aprendizados complexos, como ocorre com outras habilidades e conceitos apreendidos ao longo da vida. “Grande parte da aquisição da habilidade de comunicação pela linguagem se dá pelo uso intensivo dos sentidos da visão e da audição. No ambiente onde uma pessoa cresce, é estimulada pelos seus entes queridos, daí que a  primeira linguagem que aprendemos, o primeiro idioma, é chamada de língua materna ou língua nativa”.

Rocha diz ainda que as ferramentas sensoriais da visão e da audição são muito poderosas no desenvolvimento do indivíduo e de sua capacidade de se comunicar, são sentidos que aguçam a curiosidade, motivam o sistema motor e as interações para enriquecer o repertório de formação global de cada indivíduo. Mas em casos onde a pessoa nasce ou fica cega ou surda, ou as duas coisas, na tenra infância, existem formas de estimulação precoce dos outros sentidos, feitas por profissionais especializados, que podem suprir em grande parte esse obstáculo sensorial. Ele cita como exemplo desse caso a vida de Hellen Keller, que, ao ficar cega e surda por volta de um ano de vida, no final do século 19, aprendeu a falar e escrever, tornando-se uma autora e uma militante da causa da reabilitação, numa superação de limites que rendeu um filme na década de 1960. “Assim, visão e audição são muito importantes, nas primeiras fases da vida, para aprender naturalmente uma linguagem, mas alternativas existem para os casos de doenças precoces e de longa duração”, conclui Eduardo Rocha. 


Fique de Olho
A coluna Fique de Olho, com o professor Eduardo Rocha, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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