A covid-19 já é considerada uma das maiores pandemias da história da humanidade. Com manifestações clínicas que variam de uma simples infecção sem sintomas até quadros respiratórios graves, a doença atingiu até o momento mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo e causou mais de 176 mil mortes. No Brasil, os casos confirmados da covd-19 passaram dos 60 mil.
Como se trata de um vírus recém-descoberto, com poucos dados completos para embasar tratamentos e meios de prevenção, é comum que surjam muitas informações incorretas em torno dessas questões. No Pílula Farmacêutica de hoje, a acadêmica Kimberly Fuzel, orientada da professora Regina Andrade, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCF-RP) da USP, esclareceu mais algumas fake news sobre a covid-19.
Não é verdade, por exemplo, que antibióticos são eficazes em prevenir e tratar o novo coronavírus. “Os antibióticos são eficazes em infecções causadas por bactérias e não infecções causadas por vírus. É claro que, se um paciente for hospitalizado por conta da covid-19 e contrair uma infecção causada por bactéria, o tratamento vai ser feito por antibióticos, mas ainda não será por conta do coronavírus”, explica Kimberly.
Outra fake news sobre a qual a acadêmica comenta refere-se ao uso da quinina, presente na água tônica. “Sulfato de quinino, ou quinina, presente na água tônica possui função antimalárica, assim como a cloroquina e a hidroxicloroquina, que também foram utilizadas no tratamento contra a malária. Não existe nenhum fundamento nisso: quinina e cloroquina são medicamentos diferentes, com estruturas químicas diferentes, então dizer que quinina é a base da cloroquina é muito errado”, aponta Kimberly.
Ela ainda reforça que, até agora, as únicas medidas comprovadamente eficazes na prevenção do coronavírus são o isolamento social, a higiene correta das mãos e o uso de máscaras.
