
O Ambiente é o Meio desta semana fala sobre o impacto das hidrelétricas nas cachoeiras, especialmente a cachoeira das Emas em Pirassununga, no rio Mogi-Guaçu. Os entrevistados de hoje são o engenheiro e analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (Cepta), José Oswaldo Junqueira Mendonça, e o zootecnista e técnico da USP, em Pirassununga, Eduardo Braga.
Um conceito que está fixado na crença popular é de que as hidrelétricas geram a chamada energia limpa, ou seja, sem impactos consideráveis ao meio ambiente. “O que eu posso dizer é que é mais limpa do que a gerada por termelétricas, que consomem combustível fóssil, ou a nuclear. Ela utiliza um recurso natural da força hídrica e ela tem uma vítima preferencial que são os peixes, altamente impactados por esse tipo de rendimento, como a bacia hidrográfica do rio Paraná, da qual o rio Mogi-Guaçu faz parte”, diz Mendonça.
A importância, em especial, da Cachoeira das Emas não abrange somente a comunidade de Pirassununga ou os pescadores que moram por ali, mas sim toda a região. “O local é um importante polo turístico, que semanalmente recebe inúmeros visitantes e com a implantação da pequena central hidrelétrica, infelizmente, já é possível notar que está ocorrendo uma degradação paisagística da flora, principalmente das matas ciliares”, diz Braga.
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