A USP no caminho certo: editorial do “Estadão” destaca posição da Universidade em ranking

O jornal “O Estado de S. Paulo” publicou hoje, dia 6 de junho, um editorial sobre a melhora expressiva da USP no QS World University

 06/07/2023 - Publicado há 10 meses

A USP no caminho certo

Pela primeira vez, a universidade está entre as 100 melhores do mundo. É possível ir mais longe

A Universidade de São Paulo (USP) realizou um feito e tanto: tornou-se a melhor universidade da América Latina e uma das 100 melhores do mundo, de acordo com a recém-publicada edição do respeitado ranking QS World, elaborado pela editora britânica Quacquarelli Symonds. É a primeira vez que a USP ingressa nesse grupo de excelência acadêmica, obtendo 62,8 de 100 pontos possíveis. Só tem 100 pontos o Massachusetts Institute of Technology (MIT), considerado a melhor universidade do mundo, pela mesma editora, há 12 anos consecutivos.

A melhora do posicionamento da USP foi expressiva. Na 85.ª posição do ranking QS World em 2024 (ano de referência da pesquisa) entre as 1.499 universidades avaliadas mundo afora, a universidade paulista subiu 30 posições em relação ao levantamento anterior, que avalia critérios como volume de publicações em revistas de prestígio internacional, impacto social das pesquisas realizadas pelas instituições de ensino superior e empregabilidade dos alunos, entre outros.

Embora no resultado geral a USP figure entre as 100 melhores universidades, a Quacquarelli Symonds avaliou que 11 cursos oferecidos pela universidade paulista estão entre os 50 melhores do mundo. São eles: Odontologia, Engenharia de Minérios e Minas, Engenharia de Petróleo, Geografia, Línguas Modernas, Ciência Veterinária, Antropologia, Arquitetura, Agricultura e Silvicultura, Ciências do Esporte e Sociologia.

Esse reconhecimento internacional coroa a trajetória bem-sucedida da USP, que há anos tem investido em pesquisa e ampliado sua presença internacional, seja atraindo alunos e professores estrangeiros para seus campi em São Paulo, seja enviando pesquisadores brasileiros para intercâmbio fora do País. Dessa política resultou um aumento significativo das publicações em inglês pelos pesquisadores da USP, dando mais visibilidade não só para as pesquisas, como para a própria instituição.

Mas rankings, por si sós, não têm qualquer valor. Em outras palavras: nenhuma universidade séria tem como objetivo primário figurar entre as melhores do mundo. Isso é corolário de um longo e rigoroso trabalho de construção de reputação acadêmica, algo que depende fundamentalmente da qualidade e do impacto transformador de suas pesquisas. Evidentemente, o ranking estimula um círculo virtuoso para as universidades que se destacam. Quanto mais pesquisas de qualidade realizam, mais são reconhecidas. E prestígio e visibilidade costumam ser poderosos atrativos para investimentos.

Por essa razão, não só a USP deve seguir o bom caminho e melhorar ainda mais sua reputação em âmbito internacional, passando a figurar em posições mais próximas das de universidades do mundo anglo-saxão, como outras universidades do País também precisam buscar um nível de visibilidade e atração similar ao da instituição paulista.

Um país com a potência do Brasil não pode se contentar em ter apenas uma de suas universidades entre as 100 melhores do mundo, por mais gratificante que seja essa conquista.

(Editorial publicado no jornal O Estado de S. Paulo, em 06/07/23)


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