Grupo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades testa tecnologia para a terceira geração do sistema brasileiro de TV Digital

Equipe liderada por professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP realiza testes de laboratório para avaliar as tecnologias de áudio que serão empregadas no novo sistema de TV digital

 24/03/2022 - Publicado há 2 anos
Sala de testes montada para o projeto com capacidade para audição em diversos sistemas de som, como surround 5.1 e soundbars – Foto: Cedida pelo pesquisador

 

Um grupo coordenado pelo professor Regis Rossi Alves Faria, do curso de Sistemas de Informação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, participa do Projeto TV 3.0 realizando testes de laboratório para avaliar as tecnologias de áudio que serão empregadas no novo sistema de TV digital. Integram o grupo a professora Ana Amélia Benedito da Silva e o estudante de graduação Gabriel Kendy Faria Komatsu, ambos de Sistemas de Informação.

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A USP e outras universidades brasileiras participaram da fase 2 do projeto, que levou tecnologias internacionais para testes em laboratórios durante cinco meses para que o Fórum SBTVD decidisse quais sistemas de áudio são mais adequados e viáveis para uma possível implantação. De acordo com o Fórum, a TV 3.0 será o novo sistema de TV aberta, que substituirá o sistema atual. A fase 1 do projeto consistiu em analisar as tecnologias que seriam testadas, mas as universidades brasileiras só começaram a se envolver com o projeto na fase 2.

Para analisar as tecnologias que serão utilizadas, uma chamada internacional (Call for Proposals) foi publicada em 2020 para receber propostas de tecnologias do Brasil e de outros países. O Fórum SBTVD é uma entidade privada sem fins lucrativos, criada para estimular o desenvolvimento e implementação das melhores práticas para a TV Digital no Brasil.

Pesquisadores em atividade de testes de audição com transmissão de desfile de carnaval. Foto: Equipe do USP Teste Lab

 

Na fase 1, uma chamada internacional (Call for Proposals) foi publicada em 2020 para receber propostas de tecnologias do Brasil e de outros países. Porém, as universidades brasileiras só começaram a se envolver com o projeto na fase 2 (testes físicos em laboratórios).

Os testes

“Testamos tecnologias de áudio, sistemas de alto-falantes, sistemas estereofônicos, soundbars, surround. Foram feitos testes com cenas de carnaval, por exemplo, em que o usuário se sentia imerso no desfile de uma escola de samba, ouvindo áudios de diversos locais da avenida. Além disso, o usuário poderia escolher o local da avenida de onde acompanharia a transmissão”, explica o professor Regis Rossi, que atua na área de computação sônica, sonora e musical em cursos de graduação e pós-graduação.

O professor da EACH foi convidado para participar dos testes e chamou o Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da ECA/USP para colaborar. Os testes foram realizados nos estúdios da ECA, juntamente com os professores Almir Almas e Eduardo Mendes.

Os procedimentos dos testes já estavam descritos no edital de participação do projeto, mas a forma de implantação não estava determinada. A equipe avaliou quais seriam as melhores formas de implantação e simulou dois ambientes de estudo: uma sala de emissora de TV com transmissão de conteúdo e uma sala de TV de uma casa comum, com sofá e sistemas de alto-falantes.

Tela mostrando algumas funções avançadas de posicionamento de áudio para TV – Foto: Equipe do USP Teste Lab

 

O grande objetivo dos testes era examinar o desempenho das tecnologias, verificando quais delas proporcionam uma melhor experiência para o usuário, estudando a qualidade do som e a própria implantação das funcionalidades.

Para o professor Regis Rossi, será uma excelente experiência imersiva, já que “será possível assistir a um jogo ou a uma luta, por exemplo, com dezenas de possibilidades de câmeras com diferentes ângulos, perspectivas. O usuário poderá interagir com a cena e modificar os objetos, modificando consequentemente o som ambiente”.

Regis Rossi Alves Faria – Foto: EACH/USP

Além de beneficiar o usuário, proporcionando uma melhor experiência, os testes beneficiam também os produtores de conteúdo, de acordo com o professor. “A partir dos testes, podem surgir novos conceitos de como transmitir áudio e melhores formatos de produção musical para impactar ainda mais o público.”

O professor Regis Rossi ainda destaca que “o Laboratório de Áudio e Tecnologias Musicais (LATM-EACH/USP) coordenado por mim foi convidado pelo Fórum SBTVD para realizar os testes da camada de áudio da próxima geração da TVD brasileira. O LATM é um laboratório reconhecido por sua atuação na área de computação sonora e musical, mas não tem espaço físico na EACH ainda. Esperamos agora a próxima etapa do projeto que vai envolver a integração de tecnologias, o desenvolvimento de técnicas para geração de conteúdo audiovisual imersivo e interativo para a TV 3.0 e a elaboração das normas técnicas”.

A próxima etapa do projeto vai envolver a integração de tecnologias, o desenvolvimento de técnicas para geração de conteúdo audiovisual imersivo e interativo para a TV3.0, e a elaboração das normas técnicas. Não há data específica para o início da próxima fase.

Da Assessoria de Imprensa da EACH/USP

Mais informações: e-mail latm@usp.br

 


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