Publicação traz propostas de ensino para além da sala de aula em Ribeirão Preto

A obra do Grupo de Estudos da Localidade da USP em Ribeirão Preto indica locais da cidade para serem explorados e oferece orientações para planejamento das atividades educativas

 05/03/2024 - Publicado há 2 meses
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Lago do campus da USP em Ribeirão Preto é um dos espaços que podem ensinar sobre meio ambiente – Foto: FMRP-USP

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O Grupo de Estudos da Localidade (ELO), vinculado à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, acaba de lançar o
Almanaque de Espaços Não Formais de Ensino em Ribeirão Preto – SP: Educação Ambiental.  

A obra com 72 páginas e coordenada pela professora Andrea Coelho Lastória destaca as localidades na cidade, fora das salas de aula, que podem ser utilizadas por professores para atividades educacionais, os chamados espaços não formais. Entre os locais destacados estão as praças Sete de Setembro e Dante Alighieri, o Parque das Artes, o Assentamento Mário Lago e o Campus da USP.

O almanaque cataloga esses espaços e, também, oferece orientações e sugestões para que os professores possam planejar as atividades educativas, utilizando  fotografias e textos elucidativos que ajudam a compreender o potencial de locais onde aspectos culturais e históricos do município podem ser explorados.

Andréa Coelho Lastória – Foto: FFCLRP/USP

Os autores lembram que as praças constituem espaços públicos fundamentais para as cidades. “São espaços livres urbanos, assim como os parques, as áreas verdes e as áreas de lazer, dentre outros. Elas são também espaços históricos e geográficos onde convivem diversos grupos sociais. Para além disso, as praças, na atualidade, assumem também uma função estética no espaço urbano e possuem diversas funções sociais.”

No assentamento é possível realizar visitas para conhecer a história e o modo de vida das famílias camponesas, conhecer a produção nos Sistemas Agroflorestais (SAFs) e a comercialização da produção agrícola, além de conhecer a história de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Já o campus da USP é amplo e arborizado, permitindo aos estudantes observarem uma vasta biodiversidade, áreas florestadas, um lago artificial e prédios históricos.

Espaços não formais 

O Grupo ELO propõe a inserção, na educação formal, de espaços fora dos muros da escola, nos chamados espaços não formais, que permitem ir além do desenvolvimento isolado dos conteúdos geográficos, históricos, das ciências naturais, dentre outros. “Essa ação amplia o currículo escolar na medida em que apresenta possibilidades de trabalho integrado com as diferentes áreas do conhecimento e rompe com a lógica da sala de aula como único espaço de ensino e aprendizagem.”

Almanaque de Espaços Não Formais de Ensino da Região Metropolitana de Ribeirão Preto – SP

Essa é a segunda obra sobre espaços não formais, publicada pelo ELO. A primeira foi Almanaque de Espaços Não Formais de Ensino da Região Metropolitana de Ribeirão Preto – SP, com espaços da própria cidade e de Batatais, Mococa, Brodowski, Altinópolis e Jaboticabal. O diferencial das publicações é que a mais recente prioriza a Educação Ambiental, entendida pelo grupo “como um processo educativo, de responsabilidade de todos os professores da Educação Básica, deve ser assumida nos processos de ensino das diversas disciplinas do currículo escolar.” 

O trabalho foi desenvolvido em parceria com o Proyecto de Innovación Educativa Emergente Formación y praxis docente en problemas socio-ambientales con una perspectiva internacional: análisis y ejecución de propuestas didácticas para una ciudadania sostenible, financiado pela Universidade de Valência, Espanha. 

Mais informações pelo e-mail: lastoria@ffclrp.usp.br, com Andréa Lastória. 

 


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