“Todos os Homens do Rei” disseca a arte de fazer política

A obra é comentada pela professora Marília Fiorillo, que dá continuidade a suas análises que ligam a literatura à realidade atual

 22/02/2019 - Publicado há 5 anos

 

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Todos os Homens do Rei, de Robert Penn Warren, publicado em 1946 e vencedor do prêmio Pulitzer no ano seguinte, adaptado duas vezes para a tela grande – a última em 2006 -,  é o romance escolhido pela professora Marília Fiorillo para a sua coluna desta semana para a Rádio USP. A trama gira em torno de um político caipira, a quem as elites pretendem manipular nos EUA dos anos 1930, mas que vira o jogo e ascende politicamente graças a suas habilidades pessoais. O personagem é inspirado num senador e governador da Louisiana, assassinado em 1935, no auge da carreira.

Para a colunista, esse romance é a segunda maior obra sobre a arte de governar, só perdendo nesse quesito para O Príncipe, de Maquiavel. “Para quem acha que é fácil definir populismo, o romance de Warren é um banho de água fria, porque mostra a complexidade e mesmo a razão de ser do fenômeno populista: ninguém é absolutamente incorruptível, pois somos todos vulneráveis às circunstâncias”, diz Marília. O romance também disseca outro tema recorrente, a luta de classes. “E o faz com mais delicadeza, por exemplo, do que o bilionário Warren Buffet, que recentemente não só admitiu a existência da luta de classes, como concluiu: ‘e nós a vencemos'”.

Acompanhe a íntegra da coluna Conflito e Diálogo pelo link acima.


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