Na coluna desta semana, para marcar o Dia do Trabalho, comemorado hoje, dia 1º de maio, o professor Pedro Dallari fala sobre o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que atesta que as mudanças climáticas criam graves riscos para a saúde de 70% dos trabalhadores no mundo e suas consequências podem incluir o surgimento de moléstias como câncer, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, disfunções renais e problemas de saúde mental.
Ainda de acordo com dados do relatório, divulgado no último dia 22 de abril, calcula-se que mais de 2,4 bilhões de trabalhadores (de uma força de trabalho global de 3,4 bilhões) estão expostos ao calor excessivo em algum momento do seu trabalho; 1,6 bilhão de trabalhadores são expostos diariamente à radiação UV (raios ultravioleta); 1,6 bilhão de trabalhadores são expostos diariamente à poluição atmosférica no local de trabalho; e mais de 870 milhões de trabalhadores na agricultura são expostos diariamente a pesticidas.
“O importante a ser realçado no estudo da OIT é que, além de afetar a população mundial por conta de seu terrível impacto para o meio ambiente, o que já é plenamente sabido, inclusive em função da intensificação dos eventos climáticos extremos, o aquecimento global vem prejudicando, de forma específica e crescente, as condições de saúde nos locais de trabalho”, destaca Dallari.