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Usar histórias infantis para tornar a própria linguagem mais acessível, menos técnica, tem sido alternativa de algumas instituições e até mesmo de profissionais. A linguagem técnica é mais comum em áreas como a economia, onde as análises costumam ser acadêmicas, com linguagem excessivamente rebuscada.
Exemplo disso ocorreu no Banco da Inglaterra, o equivalente ao Banco Central daquele país. Na tentativa de tornar as mensagens mais compreensíveis, a direção do banco teria orientado seus funcionários a estudarem o estilo dos livros O Gatola da Cartola, escritos pelo dr. Seuss.
Por outro lado, o economista-chefe do Banco Mundial, Paul Romer, teria se afastado do grupo de pesquisas do banco por ter pedido insistentemente que os relatórios e e-mails fossem escritos com linguagem mais clara.
Para a professora do Departamento de Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, Elaine Assolini, os livros infantis servem de referência porque exigem uma construção literária para tornar a mensagem mais fácil de ser compreendida.