Para o professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP e colunista da Rádio USP, Luli Radfahrer, as ações de empresas que tiveram funcionários envolvidos em casos de repercussão nas redes sociais, como a Netflix com Kevin Spacey e a Rede Globo com William Waack, agiram com desespero diante da revolta da internet.
No caso de Waack, Luli considera que, mesmo a atitude do jornalista sendo totalmente condenável, a empresa poderia ter agido melhor. Para ele, melhor do que punir seria colocar o jornalista em um debate com intelectuais e representantes da população negra para confrontá-lo publicamente e fazê-lo mudar suas posições.
O professor comenta que, nesses casos, há certeza da culpa do acusado. No entanto, o perigo virá se, nos próximos casos, a reação da internet for direcionada a pessoas cuja atitude for suspeita, mas não comprovada. Para Luli, é devido a isso que as ações a partir das polêmicas devem ser orientadas pela tentativa de educação e não das reações nas redes sociais.
O Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.
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